Uma vez que o egoísmo é o oposto do
amor, um casal egoísta pode ser comparado a duas bolas de bilhar: só se
encontram para se chocarem e se afastarem em sentidos opostos.
Será que você é daquelas que vivem mal-humoradas ou que “derruba o beiço”
por qualquer contrariedade? Será que você é daqueles que irrita-se por qualquer
coisinha dela que não esteja do seu gosto? Você perdeu a linha porque ele
atrasou-se quinze minutos? Você deixou o seu namoro azedar porque ele olhou, apenas
um instante, para outra moça que passou ao lado?
Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
Perdão
“O amor não guarda rancor” – diz o apóstolo; mas é claro que haverá no
namoro momentos de “desencontros”. São normais os pequenos desentendimentos, são frutos das diferenças
individuais e das circunstâncias da vida. O feio não é brigar, e sim, não
reconciliar-se, não saber perdoar, não quebrar o silêncio mortal e não
dialogar.
Para evitar as brigas e
desentendimentos é preciso saber combinar as coisas; o povo diz que “aquilo que
é combinado não é caro”. Aprendam a combinarem sobre o passeio, sobre as
atividades que cada um gosta de fazer, etc.
É preciso dizer aqui que: a face mais
bela do amor no namoro é o perdão.
Você tem o direito de ser perdoada,
porque errar é humano; mas, tem também, o dever de perdoar quando ele errar e
pedir perdão. O gesto mais nobre de Jesus foi o de perdoar os algozes que o
crucificavam. E não há futuro para um casal que não se perdoam mutuamente, esta
é a maior reserva de estabilidade para o casal: o perdão.
Fidelidade
Outra face bela do amor é a
fidelidade. Ser fiel ao outro não quer dizer apenas não ter outro parceiro; é
muito mais do que isto, é ser verdadeiro em tudo; e não enganar o outro em
nada; é não ser fingido, mascarado ou dissimulador.
Se você mente para a sua namorada, saiba que está destruindo o amor
entre vocês. Nada é mais fatal para o amor do que a mentira. A mentira gera a desconfiança; a
desconfiança gera o ciúme; o ciúme gera a briga e a separação. “A mentira tem
pernas curtas”, a verdade logo aparece, e quando isso ocorre, deixa o mentiroso
desqualificado, e não mais digno de confiança. Portanto, quebre toda
falsidade, dissimulação e fingimento, porque essas coisas destroem o amor.
Se você fizer do seu namoro uma
brincadeira de “esconde-esconde’, você estará brincando de amar, e isso é muito
mal e ser fiel ao outro é saber respeitá-lo, defendê-lo, e não traí-lo de
nenhuma forma, seja pelos pensamentos, atitudes, ou com palavras.
Desde o namoro é preciso ter em mente
que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada, e isso, é
uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é
educá-la em todos os aspectos; é uma obra do coração.
Não há o que o amor não possa fazer;
quando não ajudamos o outro a crescer é sinal de que o nosso amor por ele ainda
é pequeno. Se o seu namoro não for exercício constante do amor, ele fica vazio,
monótono, a sem sabor. E como a natureza tem horror ao vácuo, esse vazio será
preenchido por desentendimentos e brigas.
Namorando aprende-se a amar, mas,
amando aprende-se a namorar.
Felipe Aquino
Professor
Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o
programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o
programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de
aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação
católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do
professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino
Fonte:
Canção Nova
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