Confira 6 dicas para participar
bem da Santa Missa
A
Missa e a nossa participação
A Missa tem valor inestimável. É nesse mistério de fé que o povo de Deus se alimenta do Corpo e
Sangue de Jesus, pois, a “Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a
atualização e a oferta sacramental de seu único sacrifício na liturgia da
Igreja, que é o corpo dele” (Catecismo da Igreja Católica, n.1362). O Papa João Paulo II, no início da sua Encíclica “Ecclesia de
Eucharistia” afirmou que “a Igreja vive da Eucaristia”, assim, toda nossa
atenção e interioridade a tudo que compõem o antes, o durante e o depois da
Missa são essenciais para uma plena participação. Vejamos pontos importantes
para participar bem da Celebração Eucarística:

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
1 – A fé
Cremos que “o nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o
sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até
à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada
Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição” (Instrução Geral do Missal
Romano, n.2).
Ter fé no que se celebra é fundamental, pois acreditamos
com toda a Igreja no único e eterno sacrifício de amor de Jesus Cristo celebrado na Missa, com a certeza de
que “a Eucaristia é o resumo e a suma de nossa fé” (CIC. 1327). Nisto, não
basta somente ser batizado e estar inserido na Igreja, mas, também, é preciso
que creiamos no que celebramos em cada Liturgia.
2 – A preparação
É necessária uma preparação em todos os sentidos, para
participar bem do momento ápice que é a Missa. Lucas 22,7-13 narra que Jesus
mandou preparar uma grande sala quando ia celebrar com Seus discípulos a ceia
pascal, em que instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue. Sobre essa
passagem bíblica que mostra toda uma preparação, “a Igreja sempre julgou
dirigida a si esta ordem, estabelecendo como preparar as pessoas, os lugares,
os ritos e os textos, para a celebração da Santíssima Eucaristia” (IGMR, n.1).
Dessa forma, diante do grande
mistério de amor que se apresenta a nós na Missa, devemos com antecedência
preparar o nosso coração, para bem vivê-lo. Já, bem antes da celebração, é
importante tentar administrar as possíveis agitações interiores, as
preocupações vãs, ansiedades, confusões e tudo o que é secundário, em relação
ao essencial que será a Celebração Eucarística.
3 – A disposição
A Missa é central para o católico e todos devem direcionar-se com
disposição e liberdade a este momento. Ir por simples obrigação à Missa é
privar-se dos vários benefícios que ela proporciona, porque, Deus espera de nós
atos de amor e fé, e não só uma presença preceitual, que também deve se
observar. Na Celebração da Missa, centro de toda vida cristã, encontra-se o
ápice da ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo, e o culto que os
homens oferecem ao Pai por adorar o Filho Jesus. (Cf. IGMR, n.16). Portanto, é
preciso que alimentemos nossa disposição, para estarmos e participarmos bem da
Missa, com tudo que somos e prestarmos o culto ao Pai no Filho, com alegria e
gratidão.
4 – Os gestos e postura do
corpo
A Igreja ensina que “os gestos e posições do corpo
tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do ‘povo’ devem contribuir
para que toda a celebração resplandeça pelo decoro e nobre simplicidade, se
compreenda a verdadeira e plena significação de suas diversas partes, e se
favoreça a participação de todos” (IGMR, n. 42).
É imprescindível que o nosso corpo, mente e coração
estejam em conformidade com o que se está celebrando. Que a visão esteja focada
no altar e no sacerdote; que a audição absorva os sons que ajudam a vivenciar o
mistério celebrado; e que até o tato não desvie nossa atenção, ao utilizar
objetos que não estão relacionados ao momento Eucarístico. Que todo o nosso ser
esteja voltado para a Liturgia celebrada. Que toda nossa postura seja
adequada à sacralidade da Missa.
Tudo isso, para que, todos formem um
só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando nas orações e no
canto. Pois, essa é uma unidade, que manifesta-se em beleza nos gestos e
atitudes corporais que os fiéis observam todos juntamente. (Cf. IGMR, n.96).
5 – Guardar o silêncio
Antes do início da celebração é louvável observar o
silêncio na Igreja, sacristia e lugares mais próximos, para que assim, haja uma
devida preparação para celebrar, devota e dignamente, os ritos sagrados. Na
Missa, deve-se guardar nos momentos próprios, o silêncio sagrado como parte da
celebração, em que no ato penitencial e ao convite à oração, o silêncio
destina-se ao recolhimento interior; nas leituras e homilia, o silêncio é para
uma breve meditação sobre o que se ouviu; e depois da comunhão, o silêncio favorece a oração interior de
louvor e ação de graças. (Cf. IGMR, n. 45).
6 – Atenção à liturgia
É importante que toda a assembleia, povo de Deus,
participe integralmente da Missa, observando cada parte que são: os ritos
iniciais; a liturgia da palavra; a liturgia Eucarística; e o rito de conclusão.
Outro ponto é ter a clareza do Tempo Litúrgico o qual a Igreja está celebrando,
que são os ciclos do Tempo Comum, Advento, Natal, Quaresma e Páscoa.
Com isso, a realização litúrgica da Missa, por meio de
sinais sensíveis, que alimenta, fortalece e exprime a fé, deve suscitar em cada pessoa o desejo intenso de
participar ativamente e plenamente. Pois, “pela Celebração Eucarística já nos
unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em
todos” (CIC. 1326).
O Papa Francisco na sua catequese do dia 8 de
novembro de 2017 disse: “Não vos esqueçais: participar na Missa é viver, mais
uma vez, a paixão e morte redentora do Senhor”. Portanto, a vivência deste
sublime mistério de amor, sempre nos conduzirá ao próprio Cristo, que se
entregou e se entrega a cada um nós no hoje da sua Páscoa celebrada na Missa.
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