Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus
O nome do Senhor é santo
Em nosso tempo, não é muito difícil
notar o quanto as coisas têm se desvalorizado. O ser humano tem dado ênfase ao
prazer momentâneo, sem se preocupar se está ou não atingindo o outro, afinal,
“o que vale é ser feliz”.
Sim,
devemos viver a felicidade, mas não
apenas senti-la, confundindo-a com o prazer. Infelizmente, valorizam-se as
coisas e, até as pessoas são “coisificadas”. O pior é a falta de respeito por
Deus, tanto por parte dos que creem quanto por parte dos que não creem n’Ele. O
Senhor, desde o Antigo Testamento, havia
revelado-se como um Deus que se preocupa com os Seus: “Ouvi a aflição do meu
povo e desci para libertá-lo”. Aqueles que fizeram uma experiência com Ele
passaram a segui-Lo. O único Deus libertou o Seu povo e fez para ele uma
promessa de aliança. O único Deus revelou-se a Moisés; dentro dos mandamentos,
este nos ensina: “Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus”(cf. Êx 20,7).

Foto
ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com
É
evidente, então, que o nome do Senhor é Santo, Sagrado.
Assim, a Igreja ensina o que a Sagrada Escritura ensina, ou seja, não abusar do
nome de Deus e, consequentemente, das
coisas santas. Se devo respeito às
pessoas e às suas crenças, se devo respeito à natureza, devo também respeitar o
nome do Senhor. Isso serve para cristãos, não
cristãos e também para aqueles que não professam fé nenhuma, pois o respeito
vai além das classes econômicas, partidárias e religiosas. Claro que, da parte
de quem professa a fé: a exigência é maior, exige mais respeito ao nome de
Deus.
É
considerado uma blasfêmia tomar o nome de Deus em vão, porque fere o segundo
mandamento; o Deus que se revelou também exigiu respeito “não perjurarás” (Mt
5,33). Lógico que não se trata da lei pela lei, mas de um Deus que libertou,
salvou e continua agindo; trata-se do divino, por isso, não se brinca com o
nome Deus, ou não se blasfema
contra Ele, pois “a blasfêmia é contrária ao respeito devido a Deus e a Seu
nome. É em si um ato grave” (CIC 2148).
As pragas,
ensina também o Catecismo da
Igreja Católica, mesmo sem intenção de blasfemar, são um desrespeito a Deus,
assim como fazer uso “mágico” do nome d’Ele. Se quisermos algo de Deus,
deveremos, com temor, nos dirigir a Ele com confiança e perseverança; não como
um controle remoto que nos responde quando acionado. O perjúrio, outra falta
grave, acontece quando, sob juramento, faz-se uma promessa sem a intenção de
cumpri-la, ou se, de fato, não a cumpre, é uma falta de honra à palavra, um
prejuízo pelo prometido que não foi cumprido.
Enfim,
tomar o nome de Deus em vão, perjurar, praguejar e blasfemar contra Deus,
contra as coisas d’Ele, contra os santos, a Igreja, o Papa, os sacerdotes
e tudo que é santo, são atos graves que ferem a comunhão com Ele. O Senhor
merece respeito. Tudo o que é sagrado merece respeito. Ao mencionar Seu Santo
Nome, deve ser uma atitude de louvor, de agradecimento e pedidos, tudo com o
máximo de respeito, pois se trata do Santo e das coisas santas, das coisas de
Deus, de Jesus que revelou a face misericordiosa do Pai, do Cristo que deu
a vida para a nossa salvação. Trata-se de um amor tão grande que merece
gratidão e respeito.
Padre Marcio
Padre Márcio do Prado, natural de São
José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de
dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre
Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e
Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn
Fonte: Canção Nova
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