Destaques

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus


Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus
O nome do Senhor é santo
Em nosso tempo, não é muito difícil notar o quanto as coisas têm se desvalorizado. O ser humano tem dado ênfase ao prazer momentâneo, sem se preocupar se está ou não atingindo o outro, afinal, “o que vale é ser feliz”.
Sim, devemos viver a felicidade, mas não apenas senti-la, confundindo-a com o prazer. Infelizmente, valorizam-se as coisas e, até as pessoas são “coisificadas”. O pior é a falta de respeito por Deus, tanto por parte dos que creem quanto por parte dos que não creem n’Ele. O Senhor, desde o Antigo Testamento, havia revelado-se como um Deus que se preocupa com os Seus: “Ouvi a aflição do meu povo e desci para libertá-lo”. Aqueles que fizeram uma experiência com Ele passaram a segui-Lo. O único Deus libertou o Seu povo e fez para ele uma promessa de aliança. O único Deus revelou-se a Moisés; dentro dos mandamentos, este nos ensina: “Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus”(cf. Êx 20,7).
Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus  
Foto ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com
É evidente, então, que o nome do Senhor é Santo, Sagrado. Assim, a Igreja ensina o que a Sagrada Escritura ensina, ou seja, não abusar do nome de Deus e, consequentemente, das
coisas santas. Se devo respeito às pessoas e às suas crenças, se devo respeito à natureza, devo também respeitar o nome do Senhor. Isso serve para cristãos, não cristãos e também para aqueles que não professam fé nenhuma, pois o respeito vai além das classes econômicas, partidárias e religiosas. Claro que, da parte de quem professa a fé: a exigência é maior, exige mais respeito ao nome de Deus.
É considerado uma blasfêmia tomar o nome de Deus em vão, porque fere o segundo mandamento; o Deus que se revelou também exigiu respeito “não perjurarás” (Mt 5,33). Lógico que não se trata da lei pela lei, mas de um Deus que libertou, salvou e continua agindo; trata-se do divino, por isso, não se brinca com o nome Deus, ou não se blasfema contra Ele, pois “a blasfêmia é contrária ao respeito devido a Deus e a Seu nome. É em si um ato grave” (CIC 2148).
As pragas, ensina também o Catecismo da Igreja Católica, mesmo sem intenção de blasfemar, são um desrespeito a Deus, assim como fazer uso “mágico” do nome d’Ele. Se quisermos algo de Deus, deveremos, com temor, nos dirigir a Ele com confiança e perseverança; não como um controle remoto que nos responde quando acionado. O perjúrio, outra falta grave, acontece quando, sob juramento, faz-se uma promessa sem a intenção de cumpri-la, ou se, de fato, não a cumpre, é uma falta de honra à palavra, um prejuízo pelo prometido que não foi cumprido.

Enfim, tomar o nome de Deus em vão, perjurar, praguejar e blasfemar contra Deus, contra as coisas d’Ele, contra os santos, a Igreja, o Papa, os sacerdotes e tudo que é santo, são atos graves que ferem a comunhão com Ele. O Senhor merece respeito. Tudo o que é sagrado merece respeito. Ao mencionar Seu Santo Nome, deve ser uma atitude de louvor, de agradecimento e pedidos, tudo com o máximo de respeito, pois se trata do Santo e das coisas santas, das coisas de Deus, de Jesus que revelou a face misericordiosa do Pai, do Cristo que deu a vida para a nossa salvação. Trata-se de um amor tão grande que merece gratidão e respeito.
Padre Marcio
Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn
Fonte: Canção Nova

Nenhum comentário:

Postar um comentário