Destaques

quinta-feira, 24 de maio de 2018

A CASA DOS GONDÍ, JAULA E TRAMPOLIM

Nos fins de 1613, por indicações do seu amigo e conselheiro Berulle, Vicente teve de deixar Clichy para ir como preceptor ou mestre dos filhos dos Gondi, ao Palácio destes em Paris. Os Gondi constituíam uma das famílias mais ricas, nobres e influentes do reino da França. Ele chamava-se Felipe Manuel de Gondi, ela Margarita de Silly. Ele era o geral da armada das galeras do reino, além de outras muitas mais tarefas e títulos. Ela além do seu título de nobreza, “era –como chegou a dizer Vicente- a pessoa mais simples que jamais tenho conhecido”.

Vicente tinha a experiência de hábil preceptor desde os tempos de estudante em Dax e Toulouse. Entendia-se bem com as crianças e os jovens. Tinha carisma de educador. E eles gostavam dele. Mas na casa dos Gondi as tarefas do Sr. Vicente foram-se acrescentando como as ramas de uma árvore. Mestre dos filhos mais velhos da família, director de consciência dos senhores de Gondi – especialmente de Margarida que cada dia o valorava mais – capelão, pastor e animador da vida cristã dos criados e ajudantes da família e das várias populações dos Gondi. O se trabalho era cada ano mais amplo, mais intenso e mais virado à evangelização dos pobres. E os Gondi eram agradecidos com o Sr. Vicente e afanavam-se em preenche-lho de encomendas e benefícios. Mas o antigo Vicente, com anseios de prestígios e bens, tinha-se ido transformando aos poucos e era já nestes dias, um homem desprendido e um apaixonado de Jesus Cristo e da sorte dos pobres das aldeias. Já não perseguia sombras, estava na luz. E a casa dos Gondi ia-se ficando pequena, e sentia que não era bom deixar-se enjaular (encerrar) nela. Tinha sido um tempo de eficazes labores, mas sentia que o Senhor o requeria para outros horizontes.

Fonte: http://misionesvicentinas.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário