Uma amizade verdadeira não se pode estender a muitos porque exige
experiência, intimidade e confiança
É difícil dizer alguma coisa sobre algo tão maravilhoso que se vive, se
sente e se experimenta; pô-lo em palavras é quase impossível. Só se aprende
mesmo o que é amizade vivendo. Amizade significa criar laços. É uma fonte que
não retém a água para si (seria poço se o fizesse), mas a dá espontaneamente. O
amigo também vai ao encontro de quem
precisa e não espera que venham até ele. É renovação para quem dá e para quem
recebe. É a descoberta de corações.
No início, o nome do outro não é nada
para nós. A vida dele, seus gestos, suas preferências, sua história. Mas, aos
poucos, nosso egoísmo cai, o coração se abre e há o encontro dos corações, com
inexplicável sensação. Nossa vida muda. Tornamo-nos felizes.
É um afeto (afeição, sentimento
profundo) que a gente sente por alguém. Ele não tem barreiras de cor, sexo,
idade, cultura, classe social, nação. Ser e ter amigos é muito bom, é um
sentimento que ultrapassa todas as barreiras!
A amizade é concórdia de afetos e obras,
implica certa unidade afetiva.
“O amigo é a metade da minha alma”,
diz o filósofo Giovani Cassiano ao definir um verdadeiro amigo. Alguns
filósofos consideram a amizade um valor altíssimo, por isso, foram capazes de
dizer: Sem amizade a vida não é vida!
Amizade é a coisa mais necessária na
vida!
O que nos faz a amizade?
Dá novo sentido à vida. Quando tudo
nos parece enfadonho, a presença do amigo quebra a solidão. Cresce a alegria de
viver. A amizade torna a vida dos homens infinitamente mais bela e fecunda.
É ânimo novo para a luta. Quando nos pegam a fossa e o desânimo nada
melhor que a compreensão de um amigo. Ela [amizade] nos torna solidários. A
amizade é um partilhar de vida: preocupações, alegrias, tristezas,
sucessos, fracassos. Por essa razão, torna-nos responsáveis.
“Tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas” (Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”). O amigo
sincero fala não tanto o que o outro quer, mas o que ele precisa ouvir.
Preocupa-se para que ele ande no caminho certo. E se o nota em perigo,
adverte-o; cria-se interesses comuns; acaba com o individualismo. Seus
problemas são meus problemas; sou infeliz porque você [amigo] também é. Dar e
receber; cresço com você. Isso acontece tanto na favela como no Concílio dos
Bispos.
A amizade quebra a solidão. “Se tu
vens às quatro da tarde, desde às três já sou feliz” (Exupéry). Ela faz
crescer! São vidas que se transformam, ideais que se renovam, entusiasmo que
volta, caminho que se abre.
Algumas características da amizade:
A amizade é um amor de benevolência,
reciprocamente conhecido e manifestado; é um encontro de afeto. É uma confiança
mútua que supera a prova do tempo, isto é, as dificuldades. É nisso então que
se vê quando a amizade é autêntica. Os amigos bons desejam ser uma só alma e
desejam estar juntos em todas as situações, tanto de vida como de morte.
Podemos dizer que as principais
características da amizade são:
A mútua benevolência;
Certa igualdade;
Comunhão de sentimentos;
Comunhão de vida, de amor, de ideais.
Certa igualdade;
Comunhão de sentimentos;
Comunhão de vida, de amor, de ideais.
Uma amizade verdadeira não se pode
estender a muitos porque exige experiência, intimidade e confiança. Pois,
requer convivência e familiaridade, e isso, não é possível com muitos.
Aristóteles fala: “Quem tem familiaridade com muitos, não é amigo de ninguém!”.
De forma que, a amizade profunda é possível somente entre poucas pessoas.
Uma característica essencial da amizade é a reciprocidade: amar e ser amado.
Rita de Cássia de
Jesus Dias (Ritinha)
Missionária da Comunidade Canção Nova
Missionária da Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova
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