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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011

Quem são estes jovens?

Escrevo esta minha ultima matéria – se é que posso chamar de “matéria” – a poucas horas de embarcar de volta para meu querido Brasil. Agora, mais ainda, na expectativa de viver e trabalhar na JMJ Rio 2013. Que alegria!
Mas não quero falar do Rio agora, esta (JMJ 2013) está no coração de Deus. Quero partilhar com você o que vi e vivi durante duas semanas em Madri. Quero partilhar algo inesquecível, que jamais se apagará da minha lembrança – desculpe-me pela emoção do texto.
Vi uma cidade acolhedora e bem organizada, uma gente de caráter e respeitosa. Vi aos poucos uma grande cidade ficar pequena para tantos jovens. Mas não jovens qualquer, eles eram diferentes, nunca haviam se conhecido antes e parece que se conheciam há muito tempo. Eles falavam inglês, italiano, espanhol, português, alemão, polaco… Babel? Não, Pentecostes.

Quem são estes jovens que enfrentaram tudo por causa de uma fé? Eles são o rosto da Igreja
Eles enfrentavam tudo na mais tenra simpatia. Dormiram no chão, tomaram banhos frios, ficaram em colégios e escolas, carregavam mochilas pesadas, enfrentavam filas para ir ao banheiro, para comer, para entrar no metrô. Eles enfrentaram temperaturas de 40°C, e horas de caminhada pela cidade. E apesar de tudo eles sorriam, cantavam, brincavam, rezavam…
Meu Deus quem é este povo?
Quem são esses que até sofreram agressões dos militantes laicistas, e viveram o evangelho oferecendo o outro lado da face? Quem são esses padres e religiosas que foram insultados e xingados, e, no entanto, responderam com um sorriso no rosto ou um “Deus vos abençoe!”?
De onde vieram esses 30 mil voluntários? Ganharam o que para trabalharem horas e horas por dia, debaixo de sol e chuva, para que os outros pudessem ter um bom encontro ou certo conforto?

Estes jovens atenderam a um chamado, ao chamdo de cristo e à convocação de Bento XVI
E estes jovens, vieram por quê? O que os atraiu? Por que enfrentavam tudo para rezar, se confraternizar e ver um homem de 84 anos passar no meio deles? Por que quando este ancião falava havia silêncio no meio de dois milhões de jovens? Que força tem esta Palavra?
Eu não vi uma Igreja medieval, com idéias retrógradas, com um discurso moralista. Onde está essa Igreja? Quem é ela? Não a encontrei aqui.
Eu vi uma Igreja Católica, jovem, alegre, atuante, fraterna. Eu vi dois milhões de jovens ao redor de Pedro. Eu vi um Papa que mesmo debaixo de um aguaceiro não deixou os jovens sozinhos, se fez um com eles.
Eu vi Bento XVI falar “Não deixeis que nada nem ninguém vos tirem a paz”. Eu vi jovens tendo um encontro pessoal com Jesus. Eu contemplei durantes estes dias um mosaico do céu, uma pequena fresta da cortina do paraíso que se abriu em Madri. A promessa de que sereis “um só povo, um só rebanho, um só pastor”.
Se o céu é o que vi nestes dias, digo então como São Paulo: “Por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo – o que seria imensamente melhor” (Fl 1, 23).
Você já teve aquela sensação, de que viveu algo tão bom, tão bom; que se tivesse uma máquina do tempo voltaria para viver tudo outra vez?
Pois é, esse é o sentimento da JMJ Madri 2011, quem vem seguido de um grito: “Esta és la juventud del papa!”

Daniel Machado - produtor do Destrave
Fonte: Destrave

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