Não se deve confundir sexo oral com prelúdio sexual
Antes de tudo, é preciso dizer que
nunca encontrei, na Bíblia ou em algum documento oficial do magistério da
Igreja, a expressão sexo oral ou algo que trate do assunto.
Penso, então, que se deva entender
por “sexo oral” a realização do ato sexual do casal por meios orogenitais,
chegando-se ao orgasmo dessa forma. Mais explicitamente falando, é o emprego da
boca e da língua que, em contato direto com o órgão sexual do parceiro,
pretende levá-lo ao orgasmo.

Foto: Arquivo CN/cancaonova.com
Ato sexual
Padre João Mohana, no seu livro ‘Céu
e carne no casamento’, aceita que o casal tenha as carícias orogenitais, mas
não especifica quais; então, entendo que isso depende do que o casal necessita
e que aceita, para a consumação normal do ato sexual.
A moral católica é baseada nisso: o
que é natural é moral; o que não é natural, é imoral. O ato sexual é a
“liturgia” conjugal, onde o casal celebra o amor e gera seus filhos. Assim, há
duas dimensões na vida sexual: unitiva e procriativa.
É evidente que, pelo sexo oral, como
descrito acima, fecha as portas para a concepção e anula-se uma das dimensões
do ato sexual. Isso mostra que esse tipo de atividade sexual, se utilizada pelo
casal, deve ser como meio para se chegar ao ápice e não o fim.
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E sobre o sexo anal?
Por razões, muito mais graves ainda,
o tal “sexo anal” não deve ser realizado por um casal cristão; é totalmente
antinatural e imoral.
Creio que se pode admitir como lícita
alguma liberdade sexual para o casal, enquanto se está no “prelúdio” da
relação, naqueles casos em que o parceiro precisa desse estímulo para chegar ao
orgasmo junto com o outro. Mas não se pode realizar o ato sexual de maneira
oral por ser contra a ordem da natureza.
O casal não precisa dessas
extravagâncias para ser feliz na vida sexual.
Sexo oral é diferente de prelúdio sexual
Não se deve confundir “sexo oral” com
o “prelúdio sexual”, ambos completamente diversos um do outro. O prelúdio, ou
preparação para o ato sexual, é lícito e muito importante. E é ele, através de
todo o contexto de carinho, que diferencia a relação sexual humana e a animal.
Sem as carícias, os toques e as
manifestações de afeto que precedem a consumação do ato sexual, este se
limitaria a uma relação puramente animal.
De modo geral, as esposas precisam de
um bom prelúdio sexual, com carícias até mesmo orogenitais, antes da
penetração, para que possam chegar ao orgasmo.
O marido pode e deve intensificar ao
máximo as carícias, os toques, os carinhos e as palavras, no prelúdio, para que
a esposa chegue ao orgasmo na penetração. É o amor que deve levar o marido a essa
atitude, e não apenas a busca de um prazer sem limites.
Não se pode realizar a atividade
sexual por meios não próprios para ele. E é exatamente por isso que o sexo anal
é ilícito; é algo totalmente antinatural.
Felipe Aquino
Professor
Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o
programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o
programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de
aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação
católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do
professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino
Fonte:
Canção Nova
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