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quarta-feira, 29 de maio de 2013

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (CURIOSIDADES)


Fábrica de Mococa produz 1,5 milhão de hóstias para a Jornada Mundial

Empresário comemora o fato de ter sido um entre os quatro selecionados.
Evento realizado em julho no Rio de Janeiro contará com o Papa Francisco.

Produtor de hóstias diz que se sente honrado
(Foto: João Tadeu Benatti/arquivo pessoal)
Produtor de hóstias de Mococa diz que se sente honrado em participar da JMJ (Foto: João Tadeu Benatti/arquivo pessoal) “Para nós é uma honra muito grande.” Foi assim que João Tadeu Benatti, sócio-proprietário da Fábrica de Hóstias São Francisco, recebeu a notícia de que foi um dos quatro fornecedores escolhidos para abastecer a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento será realizado entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio, com a presença do Papa Francisco. A empresa de Mococa (SP) produzirá 1,5 milhão de hóstias.
“São 20 anos nesse ramo, então a gente tem um apreço com a qualidade da hóstia. Ser escolhido para esse evento representa uma honra muito grande”, reforçou Benatti. Serão entregues 50 caixas com 30 mil hóstias, o que corresponde a cerca de dois dias de produção.

A fábrica de Mococa produz de 16 a 18 milhões de hóstias por mês. Para isso, são necessárias 20 toneladas de farinha. “Nós usamos uma farinha especial extra clara, feita com o miolo do grão do trigo, sem aquela casquinha escura que tem fora do trigo”, explicou Benatti.
A receita é simples. Para cada dez quilos de farinha, são usados oito a nove litros de água. Mas garantir qualidade no produto final é um desafio a ser enfrentado diariamente pelos 22 funcionários da fábrica.
Prensa industrial garante qualidade das hóstias
(Foto: João Tadeu Benatti/arquivo pessoal)
Prensa industrial e farinha especial garantem qualidade das hóstias em Mococa (Foto: João Tadeu Benatti/arquivo pessoal) “A hóstia não pode quebrar, tem que ter superfícies perfeitas, um corte bem feito e um bom acabamento para não deixar fragmentos. É uma grande responsabilidade, porque você imagina se depois da missa sobrarem muitos fragmentos, o padre tem que recolher e consumir. Então não pode ter fragmentos”, afirmou o empresário.
Para que tudo saia sob medida, uma prensa assa as ‘placas de obreia’, onde são colocadas a farinha e a água. Em seguida, as partículas são cortadas. Um dos maiores gastos da empresa é com energia elétrica, para esquentar as 24 prensas. As hóstias são vendidas a R$ 17 o milheiro.
Confusão que virou renda
A ideia de vender hóstias nasceu de uma "confusão". Benatti vendia malas de couro para os padres e quando foi fazer a entrega em uma igreja, em Minas Gerais, o padre se confundiu e perguntou se o vendedor tinha levado as hóstias. A confusão virou um desabafo e o padre comentou a dificuldade que tinha para conseguir o produto. Benatti e o sócio viram ali uma grande oportunidade.

“Aí fomos atrás das máquinas e começamos a fabricar hóstias. E o mercado era excelente, porque as igrejas faziam muitos pedidos”, falou. Ao longo do tempo, o processo foi ajustado para atingir a qualidade atual.
“No começo, a gente tinha um funcionário para duas máquinas manuais. Hoje tem um funcionário para 12 máquinas industriais, quer dizer, nossa produção aumentou muito”, comemorou. Atualmente, a fábrica atende 2,2 mil igrejas de todo o país.
Fonte: G1

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