Conteúdo enviado pelo internauta Paulo Franklin
Grande parte dos jovens cristãos enfrentam um
dilema na sua vida amorosa: como competir com um mundo secular, no qual os
valores são postos de lado e tudo é permitido em nome de uma felicidade
passageira? No meio deste questionamento, o namoro acaba sendo uma grande
interrogação, já que, por vezes, a vida parece conspirar contra aqueles que
buscam viver o namoro do jeito que ele deve ser vivido.
O namoro, para inicio de conversa, não é um passatempo gostoso nem
tampouco um troféu para ser exibido no meio dos amigos. Buscamos alguém
para namorar, porque descobrimos que a vida partilhada é mais fácil de ser
vivida. Nem todos se dão conta disso, mas o namoro para ser frutífero precisa
iniciar-se pela admiração e só pode ser mantido se esta admiração se transformar
em amor. Só o amor prepara o jovem casal para o sacramento do matrimônio.
Não é fácil encontrar alguém que enxergue o
namoro como uma escola para o casamento. A mentalidade reinante é a de
que, no namoro, tudo é permitido e nenhum compromisso precisa ser assumido. O
resultado? Relacionamentos vazios, que acabam e deixam feridas difíceis de serem
saradas.
O jovem que quer fazer a vontade de Deus precisa
sofrer as demoras que são inerentes ao processo de espera. Leva tempo até
encontrar alguém com mentalidade cristã para se relacionar. Namorar a primeira
pessoa que aparece em nossa vida, temendo não encontrar mais ninguém que mereça
o nosso amor, é uma atitude arriscada, já que o nosso coração não é um bilhete
de loteria.
Acredite: você também vai encontrar alguém que
queira partilhar a vida a dois. Se a sua vocação for para o matrimônio, esteja
preparado para ouvir os anseios do seu coração e ouse fazer a diferença neste
mundo tão cheio de valores deturpados. Esteja aberto aos relacionamentos, não se
esconda das pessoas, mostre-se como você realmente é e, com estas atitudes
positivas, a pessoa que você tanto procura chegará até você.
Nada de desespero! O jovem cristão
compreende e vive a sabedoria bíblica, que nos ensina que para tudo há um tempo,
e não se deixa abater diante de uma realidade aparentemente
assustadora. Sei que causa certo desconforto ver todos os nossos amigos
namorando, enquanto continuamos solteiros; mas é preciso entender que tudo o que
vale a pena nessa vida só se alcança com uma paciência de herói.
Não é vergonhoso estar solteiro. Aliás, um jovem
que se empenha em viver santamente sua afetividade busca colocar Deus acima de
todos os seus desejos, pois sabe que, como todo bom Pai, o Senhor conhece o que
é melhor para nós e jamais vai nos privar de trazer coisas boas para nossa vida.
Melhor esperar em Deus e encontrar alguém que o complete do que se arriscar em
aventuras desnaturadas e encontrar alguém que lhe roube de você mesmo.
Vejo muita gente solteira, mas realizada. Não
levanto a bandeira da solteirice eterna, mas também não acredito que um namoro
desregrado seja melhor do que uma vida celibatária e feliz. Se a pessoa que você
tanto procura está demorando a chegar, pense nisso como uma etapa necessária de
crescimento. A mãe espera pacientemente por seu filho durante nove meses e,
depois, alegra-se com a vida que lhe foi dada.
Aprendi que só a espontaneidade e a verdade nos
gabaritam a encontrar alguém para namorar. Neste processo, a paciência tem de
andar de mãos dadas com a lucidez. Quando o desespero bate à porta de alguém que
se sente só, a visão se turva diante do essencial. Por isso, antes mesmo de
querer ofertar nossos afetos para alguém, faz-se necessário avaliar o quanto
estamos empenhados em fazer o outro feliz. E a felicidade só aparece no namoro
do jovem casal que aprendeu a amar.
Fonte: Destrave
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