Devemos pedir a Deus o dom da fé, ensina Bento XVI
Da Redação, com Rádio Vaticano
Reuters
Papa saúda peregrinos presentes na Praça São Pedro, no
Vaticano

Os dois episódios narrados pelo evangelista falam da cura da filha de um dos chefes da sinagoga e de uma mulher que sofria de hemorragia (cf. Mc 5,21-43).
No primeiro, Jesus recebe a notícia de que a filha de Jairo está morta, leva o homem até onde está o corpo da criança, dizendo-lhe para que não tenha medo, apenas fé. Chegando onde ela estava, Jesus diz: “Menina, eu te digo: levanta-te!” (v.41). Ela levantou e começou a caminhar. O Santo Padre comentou o episódio, destacando o que disse São Jerônimo sobre o fato: “menina, levanta-te por mim, não por mérito teu, mas pela minha graça”. Aqui se destaca a potência salvífica de Jesus.
Sobre o segundo milagre, o Papa disse que o episódio coloca novamente em evidência que Jesus veio para liberar o ser humano na sua totalidade. Bento XVI explicou que a cura da mulher com hemorragia desenvolve-se em duas fases: primeiro acontece a cura física, mas ela está estritamente ligada a uma cura mais profunda, aquela que dá a graça de Deus a quem se abre a Ele com fé. "Jesus disse à mulher: ‘filha, a tua fé salvou-te. Vai em paz e sejas curada do teu mal" (Mc 5,34), recordou.
O Papa ressaltou que essas duas narrativas são um convite para as pessoas superarem uma visão "puramente horizontal e materialista da vida" e pedirem ao Senhor o dom da fé. "A Deus nós pedimos tantas curas de problemas, de necessidades concretas, e é justo que seja assim, mas aquilo que devemos pedir com insistência é uma fé sempre maior, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma firme confiança no seu amor, na sua providência, que não nos abandona”, destacou.
O Santo Padre lembrou então da importância das pessoas que dedicam suas vidas a cuidar da saúde dos que estão doentes, “que os ajudam a levar a sua cruz”, chamando-os de “reservatórios de amor”. São pessoas que, conforme ressaltou Bento XVI, precisam de uma forte formação profissional, mas também, “e principalmente, uma formação de coração”. “É preciso conduzi-los ao encontro com Deus que suscite neles o amor e abra a sua alma ao próximo”, disse o Papa.
Fonte: Canção Nova
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