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terça-feira, 10 de maio de 2011

Reflexão do dia: "Testamento de um idoso com Alzheimer"



“Junto com meu testamento,
no qual lego a meus filhos e amigos a minha vontade de viver
e meu amor a Deus e a toda a criação, faço um pedido:
Se, por ventura, no meu cérebro a senilidade penetrar sorrateiramente,
 a demência se infiltrar inesperadamente e o esquecimento, a falta de lucidez e a confusão se instalarem, por favor, lembrem que eventualmente, ainda tenho uma vaga idéia de minha identidade; gosto de ser chamado pelo meu nome,
aquele que meus pais me deram; posso ainda saber onde estou e com quem estou; posso estar gostando ou não de onde estou e com quem estou, faço ainda questão de usar aquele tipo de sapato que toda a minha vida usou; gosto ainda de usar a roupa ao estilo que sempre preferi; a roupa dos outra colocada em mim me entristece. A falta de atenção em me ajudar na higiene pessoal me traz ansiedade, a comida de um estilo que não conheço não me apetece; as fraldas de vez em quando me incomodam
e me deixam envergonhada. Gostaria, às vezes, de caminhar para espairecer e ver a natureza. Receber uma palavrinha me faz lembrar que sou gente; receber visitas me faz lembrar que sou importante; receber um abraço e um beijo me diz que alguém ainda tem afeto por mim. A falta de sono não é proposital, nem intencional; a falta de interesse está além do meu controle; minha falta de jeito é inexplicável para mim mesma; o esquecimento me deixa traumatizada. Tenho dores que às vezes não posso contar. Nem sempre o que me fazem fazer é o que eu gostaria de estar fazendo. Meu olhar vago não reflete o que sinto. E se não dou um abraço é porque os meus braços não me obedecem mais, se não dou um beijo é porque meus lábios não sabem mais o que fazer. Se não te digo que valorizo sua dedicação e seu amor é porque a ponte se partiu e perdi o caminho que me levaria a compartilhar meus sentimentos com você...”
Ass.: Um ser Humano que Envelhece
Sobre o Alzheimer:
O Mal de Alzheimer, ou Doença de Alzheimer ou simplesmente Alzheimer é a forma mais comum de demência. Esta doença degenerativa, até o momento incurável e terminal foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Ações Alzheimer, de quem herdou o nome. Esta doença afeta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora o seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas do que esta idade. 
Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de stress. Quando é suspeitado Alzheimer o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos.  Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória em longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. As suas funções motoras começam a perder-se e o paciente acaba por morrer.  Antes de se tornar totalmente aparente o Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se invisível durante anos.

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