Quinto Mandamento: Não matarás
Um acordo para a paz!

Assim, o Quinto Mandamento proíbe e os
considera como gravemente contrários à lei moral: O homicídio direto e
voluntário e a cooperação nele. O aborto direto, querido como fim ou como meio,
e também a cooperação nele, crime que leva consigo a pena de excomunhão, porque
o ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo absoluto, respeitado e
protegido totalmente. A eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida de
pessoas com deficiências, doentes ou moribundas, mediante um ato ou omissão duma
ação devida. O suicídio e a cooperação voluntária nele, enquanto ofensa grave ao
justo amor de Deus, de si e do próximo: a responsabilidade pode ser ainda
agravada por causa do escândalo ou atenuada por especiais perturbações psíquicas
ou temores graves.
São consideradas práticas contra o respeito
à integridade corpórea da pessoa humana os raptos e sequestros de pessoas, o
terrorismo, a tortura, as violências, a esterilização direta. As amputações e as
mutilações duma pessoa só são moralmente consentidas para indispensáveis fins
terapêuticos. Proteger a vida humana requer também do homem um devido cuidado
com a saúde física, da nossa e da dos outros, evitando todavia o culto do corpo
e toda a espécie de excessos. Por
isso deve ser evitado o uso de substâncias que colocam em risco a saúde e
também o abuso dos alimentos, do álcool, do tabaco e dos remédios.
Assista: "Não matarás", com professor Felipe Aquino
Esse mandamento é um clamor pela paz, o
Senhor, que proclama «bem-aventurados os obreiros da paz» (Mt 5, 9), pede a paz
do coração e denuncia a imoralidade da ira, que é desejo de vingança pelo mal
recebido, e do ódio, que leva a desejar o mal ao próximo. Essas atitudes, se
voluntárias e consentidas em matéria de grande importância, são pecados graves
contra a caridade. A paz no mundo, a qual é exigida para o respeito e
desenvolvimento da vida humana, não é a simples ausência de guerra ou equilíbrio
entre as forças em contraste, mas é «a tranquilidade da ordem» (S. Agostinho),
«fruto da justiça» (Is 32, 17) e efeito da caridade. A paz terrena é imagem e
fruto da paz de Cristo.
Para isso se exige a distribuição
equitativa e a tutela dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres
humanos, o respeito da dignidade das pessoas e dos povos, a assídua prática da
justiça e da fraternidade. Por outro lado, o
Catecismo da Igreja Católica ensina que o uso da força militar é moralmente
consentido quando há a certeza de um dano permanente e grave; a ineficácia de
outras alternativas pacíficas. Essa alternativa é fundamentada na possibilidade
concreta de êxito; quando há ausência de males piores, considerado o poder atual
dos meios de destruição. Porém, devemos fazer tudo o que é razoavelmente
possível para evitar, de qualquer modo, a guerra, devido aos males e injustiças
provocados por ela.
É necessário, em especial, evitar a
acumulação e o comércio de armas não devidamente regulamentadas pelos poderes
legítimos; assim como as injustiças, sobretudo, econômicas e sociais; as
discriminações étnicas e religiosas; a inveja, a desconfiança, o orgulho e o
espírito de vingança. Tudo quanto se fizer para eliminar estas e outras
desordens ajudará a construir a paz e a evitar a guerra.
Portanto, a ordem do Senhor para não matar
é acima de tudo um mandamento que respeita a dignidade da pessoa
humana como um direito inalienavél, condenando todas as formas de violação
ao homem desde do momento da concepção até a morte natural, evitando assim, toda
violência física, psíquica e social. Desta forma, para vivermos a
santidade proposta neste mandamento, devemos, acima de tudo, respeitar o ser
humano, afastando toda atividade nociva a ele, procurando sempre a paz.
Redação Portal
Fonte: Catecismo da Igreja Católica, 2258 a 2330
Fonte: Catecismo da Igreja Católica, 2258 a 2330
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