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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reportagem especial - Visita a casa de Lampião


 No último sábado, dia 04/12, um dos correspondentes dos Vicentinos do Asfalto, pegou a estrada junto com Lenos e Maxwell (dois jovens da JMV Campina Grande) e esteve em Serra Talhada para comemorar o aniversário de Elizangela (secretária da JMV da provincia do Recife) e também para conhecer a casa de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.


Lampião nasceu em 7 de julho de 1897, na cidade de Vila Bella, atual Serra Talhada. Foi o terceiro filho do casal José Ferreira e Maria Lopes. Seu nome verdadeiro era Virgulino Ferreira da Silva., passou a ser chamado de Lampião depois de entrar no cangaço em 1917, no qual ele percorreu grande parte do sertão nordestino invadindo fazendas, roubando, promovendo festas, ajudando aos pobres...
Naquela época, existiam muitas rivalidades entre as familias por questão das posses de terras, animais, enfim. E por este motivo, houve então o primeiro confronto da familia Ferreira (de Lampião) com a familia Saturnino (Zé Saturnino - primeiro inimigo de Lampião), no ano de 1916. Pelo fato dos Ferreiras serem mais bem vestidos, mais estruturados financeiramente que os Saturninos, isso gerou uma certa inveja por parte deles e consequentemente essa rivalidade. O senhor José Ferreira, deciciu mudar de estado e morar no Alagoas, onde foi perseguido pela polícia e morto a mando de Zé Saturnino, esse foi o principal motivo de Virgulino Ferreira entrar no cangaço e tornar-se o cangaceiro mais temido e respeitado do nordeste, o Lampião. Um certo dia, decidiu tocar fogo na casa de Zé Saturnino para vingar a morte do pai, não importava quem estivesse dentro da casa, mas chegando lá notou que só estava presente a mãe de Zé Saturnino, que era sua madrinha e por respeito a ela, decidiu voltar atrás e desistiu de fazer o que planejara.
Lampião era muito inteligente, andava sempre todos os cangaceiros um atrás do outro, e o último andava de costas para enganar quem tivesse perseguindo o seu bando, e sempre que um de seus homens morria, ele logo transferia o apelido do falecido para um novato, para que a volante (polícia) não pensasse que o bando estava diminuindo. Ele não concordava em invadir cidades que tivesse mais de 3 torres, pois significava força contra ele. 
Em meados de 1930 ele conheceu Maria Bonita, no qual se apaixonou por ela. Ela foi a primeira mulher a entrar no cangaço e foi a porta de entrada para que outras mulheres também fizessem parte do bando. Lampião gostava de pedir ajuda e quem o negava, ele maltratava. Tratava bem os policiais quando não estavam de serviço, pois sabia que eles perseguiam o seu bando porque estavam sujeitos a isso. Virgulino recebeu o apelido de lampião por causa da transformação que ele fez em seu fuzil, para atirar mais rápido e por consequencia disso, saía uma luz clara do fuzil semelhante a de um lampião, então um dos irmão dele o viu atirando e disse: Espia, o Virgulino atirando, parece um lampião. Desde então, passou a sewr chamado de lampião.
Em 1938, Lampião é morto pelos "macacos", era assim que ele chamava a polícia. Estavam todos descansando na Fazenda Angicos, no sertão de Sergipe quando seu bando foi surpeendido pela volante. O ataque durou cerca de 20 minutos e poucos conseguiram escapar do cerco e da morte. Nesse dia morreram 11, inclusive Lampião e Maria Bonita. Todos tiveram a cabeça decepada pelos policiais e exibidas em praça pública para a população, no qual foi passada por várias cidades.

Parede da casa de Zé Saturnino

Estrada por onde Lampião passou por muitas vezes

Local onde houve o primeiro confronto da familia Ferreira com Saturnino

Casa onde morou Virgulino Ferreira
Entrada da casa
Hoje a casa é um museu
 






Familia de Lampião. Ele está sentado do lado direito com roupa escura, lenço claro, chapéu e óculos

Interior da casa

A parte escura do mapa, são os locais por onde ele passou junto com seu bando.



Parede da casa de Zé Saturnino


Marca dos tiros na parede da casa de Zé Saturnino. Os buracos menores são dos tiros, e os maiores eram buracos feitos para observar quem se aproximava da casa.
Cabeça dos 11 mortos pela polícia. A de Lampião é a que está sozinha embaixo no meio dos dois chapéus, e a de Maria Bonita está logo acima da dele.

6 comentários:

  1. Adorei a reportagem. parabéns meninos!!!!

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  2. Reporter Nino vc está de parabens por essa belissima reportagem.
    Muito boa mesmo você pode ser promovido.
    Valeu brother um forte abraço.

    Rogério VICENTINOS

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  3. Quem é Ju?? rsrs...
    Detalhe: Foi contratado um guia para nos repassar algumas informações sobre a época.

    Ass.:Nino

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  4. Eita, bando de "cabras da peste". Excelente reportagem. Parabéns.

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  5. Meninoooooo... xique heim bem... gostei da reportagem!!! Parabéns!

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