Foi no Concílio de Florença e de
Trento que se desenvolveu a fé no purgatório
Se temos uma certeza a respeito da vida é a de que a morte um dia virá,
ela é certa; cedo ou tarde nós nos depararemos com ela. O que nos consola como
cristãos é a nossa fé na ressurreição.
Jesus
ressuscitou e com Ele todo aquele que n’Ele crer, ressuscitará. Talvez, você já
tenha se perguntado: “O que vai ser daquele meu parente ou amigo que faleceu?
Ele era gente boa, porém, tinha uns pecados. Ele vai para o céu? E se eu
morrer, mas não estiver “tão em Deus”, o que vai ser de mim?”.

O ideal é que morramos em Deus, sem pecados, e que tenhamos vivido a
reconciliação com todos o amor e a gratidão. Enfim, se morrermos em Jesus
Cristo, na pureza e sem pecado, com certeza o Céu será o nosso destino final,
pois lá é a morada dos santos. Devemos, dia
após dia, viver o anúncio de Jesus
Salvador para alcançarmos a “pátria eterna” que, por Misericórdia, Ele concede aos Seus filhos.
Lugar da purificação
Parece
impossível, não é? Mas muitos santos conseguiram e eram pessoas como nós.
De qualquer forma, se morrermos não
tão santos ou com alguns pecados, a Igreja nos ensina sobre o Purgatório, o
lugar da purificação final dos eleitos, daqueles que morreram em Deus, mas
ainda precisam de purificação para chegar à glória dos Céu.
Foi no
Concílio de Florença e de Trento que se desenvolveu a fé no purgatório. Na
Bíblia, há algumas passagens que falam desse fogo que purifica (I Cor 3,15; I
Pd 1,7). O segundo livro do Macabeus 12,46 fala de Judas, que ofereceu
sacrifícios em expiação dos pecados de falecidos.
Quando se menciona Purgatório, não
diz respeito aos condenados ao Céu ou ao inferno, não se trata ainda de um
lugar, mas de um estado onde é possível a purificação.
Assim, como em nossas orações,
preces, Missas e em nossos jejuns somos purificados, quem já morreu não pode
fazer mais nada por si mesmo.
Se quem já
morreu não pode fazer nada por si mesmo, o que os vivos poderão fazer por quem
já se foi?
Como pedir por aqueles que morreram
Cremos na
comunhão dos santos e no Batismo que nos une a Cristo. Por meio de orações,
sacrifícios e, principalmente, pela celebração da Santa Eucaristia pedimos
pelos falecidos, por aqueles que partiram.
Por fim, irmãos, essa é a nossa fé católica.
Vamos com muita confiança viver nossa
vida cristã na busca constante e perseverante pela santidade. Vamos, com muita
garra, anunciar Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e orar por aqueles que
partiram, por parentes e amigos falecidos.
Rezemos, também, por aqueles que
morreram esquecidos, perdidos ou abandonados, para que sejam purificados pelo
fogo do Senhor e cheguem ao Seu Reino.
Padre Marcio
Padre Márcio do Prado, natural de São
José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de
dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre
Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e
Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn
Fonte: Canção Nova
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