Quem será o novo Papa?

A meu ver, só existe uma coisa mais ridícula do
que as manchetes dos jornais a respeito do que acontece, atualmente, na Igreja:
são as opiniões de jornalistas e até teólogos (quem diria!) sobre como ‘deve
ser’ o próximo Papa e a ‘Igreja do futuro’.
Segundo esses caros “especialistas”, a Igreja
perde fiéis e agoniza, porque não avança na mesma velocidade do mundo moderno;
parou no tempo ao sustentar a família tradicional, é retrógrada ao defender a
vida desde a sua concepção até o seu declínio natural, torna-se medieval quando
ainda critica a manipulação genética como as pesquisas com células troncos
embrionárias, etc.
Para esses “magos” da prestidigitação moderna, o
próximo Papa – para ‘salvar’ a Igreja – deve ser um progressista, aberto ao
mundo moderno, que saiba dar um ‘like’ para o casamento homossexual, um ‘joinha’
para a distribuição de preservativos. Um Pontífice que aprove o divórcio, que
ordene as mulheres e acabe de vez com essa coisa de celibato.
Cada vez que leio um artigo desses
modernistas de plantão sobre como dever ser o próximo Papa, pergunto-me: “eles
querem um Papa ou um anticristo?”
Não! O próximo Pontífice não será progressista,
não caberá no bolso do mundo moderno, muito menos negará o que seus antecessores
já disseram a respeito de temas como o casamento gay, aborto, ordenação de
mulheres, entre outros; pois o Papa é, antes de tudo, um servo da Verdade,
aquele que tem a missão de guardar o tesouro da fé confiado a ele pelo próprio
Cristo.
Os modernistas jamais entenderão que o Papa
guarda uma patrimônio de fé (Depositum Fidei) transmitido através dos
séculos, o qual não lhe pertence. A sua missão é guardar esse tesouro ainda que
lhe custem críticas, perseguição e até a sua própria vida.
Voltemos então à pergunta: ‘quem’ ou ‘como’ será
o próximo Papa? A resposta é simples: ele será o Papa, Sucessor de Pedro,
fundamento visível da unidade da Igreja Católica, aquele que nos confirmará na
fé e a quem Jesus continua a dizer “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja”. O que queremos mais?
Não me iludo, no entanto, que estes brilhantes
jornalistas, colunistas e afins possam compreender a realidade espiritual que
cerca um Papa e a sua sucessão, pois para entender é preciso ter fé, algo em
falta no mundo moderno.
Fonte: Canção Nova
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