
Os celtas realizavam a colheita nessa época do
ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas
voltariam à Terra durante a noite e queriam, entre outras coisas, alimentar-se e
assustar as pessoas. Então, os bárbaros costumavam se vestir com máscaras
assustadoras para afastar esses espíritos.
O episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o
passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os celtas e
outros povos da ilha, especialmente pela intercessão de São Patrício, no século
IV e V, e com o grande São Columbano no século VI.
Assim, a Igreja Católica transformou este ritual
pagão em uma festa religiosa. Esta estratégia da Igreja foi ensinada por São
Leão Magno e São Gregório Magno, passando a ser celebrada nesta mesma época, mas
em vez de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém-catequizado deveria
honrar os santos. Daí veio o “All Hallows Day”: o ‘Dia de todos os santos’.
A tradição, entretanto, continuou entre estes
povos. Além de celebrarem o ’Dia de todos os santos’, os não convertidos ao
Cristianismo celebravam também a noite da véspera do ‘Dia de todos os santos’
com as máscaras assustadoras e com a comida. A noite era chamada de “All Hallows
Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas
ou outros espíritos não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma
conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os santos. Esses
são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus,
intercedem por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São Paulo:
“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus.
E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo
tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo
tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do
Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22)
Prof. Felipe Aquino
Fonte: Canção NOva
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