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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Paulo, os passos do perseguidor de cristãos que renasceu em Cristo


“Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é lucro”, Filipenses 1:21. Paulo, cujo nome de nascimento é Saulo, escreveu praticamente 50% do novo testamento. Sua glória era viver pra Cristo e morrer por sua causa (informações bibliográficas no rodapé).
Nos seus estudos das leis judaicas, Saulo se destacou tanto que se tornou um Doutor da Lei e membro do sinédrio, cargo muito estima pelo povo judeu. A partir daí começara sua perseguição aos primeiros Cristãos. Saulo concordou com o apedrejamento de Estevão que os judeus o julgavam perigoso por sua pregação sobre um tal Jesus de Nazaré, que alguns afirmavam ser o Messias. Todos que pregassem sobre este homem deveriam ser eliminados, pois, eram um perigo para o Judaísmo. Saulo então pediu aos líderes judaicos que lhes dessem uma carta de recomendação para que pudesse ir de sinagoga em sinagoga guarnecido de alguns homens para prender esses seguidores de Jesus e quem sabe se preciso fosse apedreja-los como fizeram com Estevão.
Nenhum judeu poderia condenar outro a morte, só Roma poderia fazer isso, dessa forma Saulo realizava um ato ilegal. No caso de Jesus, por exemplo, eles tiveram de levar a questão para Pilatos, pois só ele poderia condenar sua morte. Porém, autorizado pelo sinédrio, Saulo com ajuda de alguns soldados do templo sai em busca dos Judeus que estariam pregando sobre Jesus. Ele resolve então começar pela cidade de Damasco, que ficava a cerca de 240km de Jerusalém, Atos 9,2.
No percurso até damasco o perseguidor de repente recebe um forte clarão e cai desnorteado no chão, sem conseguir enxergar mais nada. E uma grande voz que lhe dizia “Saulo, Saulo, por que me persegues?” atos 9, 4. Jesus não pergunta a Saulo porque ele perseguia o seu povo (os cristãos), Jesus deixa bem claro “por que me persegues?”, pois o mal feito a um Cristão é sentido pelo próprio Cristo. Essa revelação no caminho para Damasco joga por terra tudo que Saulo acreditava a respeito de quem ele era e de quem era Jesus.
Como a revelação aconteceu perto de Damasco, Saulo, segue sua viagem até chegar à cidade, sem enxergar nada e sem conseguir comer ou beber. Daí Ananias, avisado por revelação divina sobre o acontecimento, aparece a Saulo, oferece ajuda e restaura sua visão. Posteriormente, Ananias realiza o batismo de Saulo na fé Cristã. Então, Saulo passa a se chamar Paulo. No oriente médio mudar de nome significa mudar de vida. Saul (Saulo), era a tradução grega do seu nome em Hebraico e Paulo era seu nome em latim, o nome Paulo significa em latim “Pouco” ou “Pequeno”, talvez uma referência àquele que é ínfimo diante de Deus.
Paulo então volta para Tarso, cidade natal, pois os Helenistas queriam mata-lo. Lá ele passa dois anos até que Barnabé o convida para ser seu auxiliar missionário, e assim se inicia as viagens missionárias de Paulo, ao todo foram três. Nessas viagens Paulo enfrenta todo tipo de perseguição, ameaça, injurias, calúnias, tentativa de morte e privações de toda sorte, muitos dos seus companheiros o abandonaram. Até os apóstolos ficaram contra ele em certo momento, pois, o fato dele pregar para os Gentis não os agradava. Paulo teve que ir à Jerusalém para dar explicações. A polêmica foi tão grande, que na ocasião foi feito um concílio para resolver a questão de Paulo pregar para essas pessoas, porém, Cristo precisava que Paulo fosse justamente O pregador dos Gentis.
Sabemos que na vida missionária do apóstolo ele escreveu diversas epístolas (cartas), ao todo foram 14, porém, há um consenso teológico que Hebreus não é considerada carta, dessa forma restam 13 Cartas. O problema está no fato de alguns teólogos acreditarem que das 13 epistolas, 6 delas não seriam autenticamente de Paulo. Entre elas estão: II tessalonicenses, efésios, colossenses, Tito, Timóteo I e II. Tais teólogos afiram serem documentos tardios, inventados por líderes da igreja e atribuído ao apóstolo, para dar credibilidade as suas histórias.
No seu tempo, o apóstolo já advertia aos seus seguidores que ficassem em alerta contra qualquer carta que afirmasse ter chegado o dia do Senhor e que alegasse ser de sua autoria, pois não era, "não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor." II Tessalonicenses, 2,2.
 O motivo da desconfiança, por parte dos teólogos, está no fato do estilo da redação variar muito de uma para outra, até mesmo dentro do próprio livro, indicando assim a presença de diversos autores. Ao olharem a obra em conjunto eles acreditam que não podem ter sido escritas por um mesmo autor, e realmente eles não estão errados quando afirmam que as cartas de Paulo não foram escritas por uma mesma pessoa. Porém, é preciso analisar os costumes da época, em fontes primárias. Na época não era tão fácil escrever uma carta, mesmo para uma pessoa letrada como Paulo. O custo para escrever uma carta era elevado, um papiro custava em média 4 denários, e para ter noção de valor, um denário era o valor pago por um dia de trabalho braçal, Mt 20,2. Fora as tintas, canetas e etc, que também eram muito caros, desse modo, não era todo mundo que poderia escrever quando bem quisesse, como acontece hoje.
Era comum se contratar um “secretário” para copiar o que você queria dizer em taboas revestida de cera, ele escrevia com uma espécie de estilete, desse modo a carta poderia ser ditada palavra por palavra ou recriada através de um conteúdo, você diria ao copista a mensagem e ele escrevia com suas palavras, exemplo: avise a comunidade de corinto que estarei lá amanhã para uma reunião. Após o texto ser escrito ele era ligo e assinado em baixo pelo autor da mensagem. Podemos observar isso em, na carta de Paulo escrita por seu secretário, Tércio: "Eu, Tércio, que escrevi esta carta, vos saúdo no Senhor." Romanos 16,22. Era comum a saudação ser escrita pelo autor, para dar autenticidade a carta: "Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Esta saudação escrevo-a de próprio punho: PAULO." I Coríntios, 16,21-22. Dessa forma, embora a forma de escrita variar de uma carta para outra devido os secretários que Paulo precisou para redigi-las temos elementos suficientes para comprovar sua autenticidade.
Na sua vida missionária, Paulo tinha algo na mente que não o deixava tranquilo, ele precisava ir a Roma, pregar o evangelho na capital, nem que fosse a última coisa da sua vida. Ele queria testemunhar perante César. E a providência divina tornou isso possível. Em Jerusalém ele foi preso e enviado ao procurador de Roma em Cesareia, lá foi julgado por Félix, procurador romano, Félix manteve Paulo em prisão domiciliar por dois anos. Depois de alguns episódios finalmente ele é enviado a Roma onde foi julgado por Nero e condenado a morte. Ele foi degolado por ordem direta do imperador, mas, um pouco antes de morrer ele havia escrito, "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição" II Timóteo, 4,7-8.
Assim se encerrou a carreira física do Soldado de Jesus, pois espiritualmente ele ainda está lutando por todos nós, alguns podem achar loucura tudo que ele fez, eu chamo conversão. Que cada um, assim como Paulo, possa ter a experiência de um encontro com o Cristo e nele descobrir o verdadeiro amor, então, sua vida não será mais a mesma, você terá a esperança da vida eterna.

Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.
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Notas:
Saulo era judeu da tribo de Benjamin, seu nome era o mesmo do primeiro Rei de Israel, nasceu na cidade de Tarso, região histórica da Cilicia, província de Mersin, Território Turco, as margens do mar mediterrâneo, cidade de grande influência política e econômica na região, também era bastante conhecida pelas escolas de retórica e hermenêutica, talvez Saulo tenha estudado em alguma delas.
Saulo tinha cidadania Romana, herdado por seus pais, podemos observar isso em Atos 16,37 e Atos 22,27-28 (Veio o tribuno e perguntou-lhe: “Dize-me, és romano?” – “Sim”, res­pondeu-lhe. O tribuno replicou: “Eu adquiri este direito de cidadão por grande soma de dinheiro.” Paulo respondeu: “Pois eu o sou de nascimento."). Acredita-se que em 66 a.C Pompeu agraciou os cidadãos de Tarso, inclusive os judeus, com o Título de cidadania Romana Honoris Causa, porque eles haviam ajudado os romanos a expulsarem os piratas que dominavam o litoral da Cilicia, dessa forma, é possível que Saulo tenha recebido esse título através do seu  pai ou avó que tenha participado da premiação militar.
Saulo, ainda jovem, foi para Jerusalém para estudar com um rabino, muito famoso na época, chamado Gamaliel, um verdadeiro privilégio para poucos, pois, para ser aprendiz de um rabino renomado naquela época era necessário ter inteligência acima da média e condições financeiras para arcar com as despesas estudantis. Saulo também trabalhava fabricando tendas, isso não deve ser visto como uma profissão simples, pois naquela época um fabricante de tendas seria como um arquiteto ou engenheiro da nossa época. Jesus foi um mestre que diferente dos outros escolheu aprendizes pobres e sem uma aparente inteligência acima da média, porém, com um coração capaz de transformar o mundo, fez das “pedras brutas” alicerce para construir a sua igreja. Assim como Jesus, em sua vida missionária, Paulo se entrega tanto obra de Deus que não existe relatos de alguma relação ou união matrimonial do apóstulo.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Um Batismo de Conversão


             Na última publicação falamos um pouco sobre João o Batista, e sendo assim, nada mais justo que abordarmos um pouco sobre o tema do Batismo, visto que, todos que fazem parte do cristianismo passaram ou passarão pelo rito Batismal. O batismo é um rito milenar, praticado por diversas igrejas no mundo inteiro, ele é a porta de entrada para se filiar a Cristo, nenhum cristão terá uma filiação completa no Cristianismo se não passar pelo rito batismal.
Abordando um pouco sobre a história do Batismo, ele já existia muito antes da vinda de Cristo, e do ritual realizado por João Batista no Rio Jordão. Os judeus sempre se preocuparam com leis cerimoniais e de purificação. O Antigo Testamento, em especial o livro de Levítico traz diversas passagens que recomendam o ritual de purificação em águas após determinado ato, como sexo, menstruação, entre outras coisas, podemos citar: Levítico cap. 15, vers 10, 11, 16, 18, e entre outros. Para os judeus, o ato de lavar as mãos antes das refeições não se trata apenas de higiene, e sim de um ritual de purificação, o próprio Jesus purificou seus apóstolos para a última ceia. Os judeus também praticavam o Tevilá que seria uma espécie de imersão na água em busca de purificação, muito idêntico ao batismo que conhecemos hoje. No Novo Testamento essa palavra (Tevilá) é substituída pela palavra grega Baptizo (imergir, submergir ou embeber) como ritual praticado por Jesus e seus discípulos.
A grande diferença entre o Batismo de João Batista e do dos Judeus (Tevilá) é que estes praticavam um ritual de Purificação, João praticava um Batismo de arrependimento, um batismo para aquelas pessoas que se sentiam sujas, impuras, arrependidas, e prontas para se converter e receber o Messias. No rito, João mergulhava as pessoas nas águas do rio, diferente do Tevilá, onde as pessoas mergulhavam a si mesmas. "Ele percorria toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para a remissão dos pecados" Lucas, 3,3.
Um dia para a surpresa de João, o próprio Jesus vai ao Rio Jordão para ser batizado, João sem entender nada diz “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!”, mas Jesus lhe respondeu: “Deixa por agora, pois convém que cumpramos a justiça completa”, e então João cedeu (Mateus, 3,14-15). As vezes Jesus traz missões em nossas vidas que é difícil de entender ou compreender, mas, para Cristo tudo tem um propósito, é preciso acreditar e confiar naquEle que pode lhe dar uma vida nova.
Após ser batizado Jesus passa a inserir o Batismo no seu ministério, porém, não era Ele próprio que realizava o rito, e sim seus discípulos (João, 4,1-2). Diferente do batismo de João, os discípulos de Jesus batizavam em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mateus, 28,19). Esta é a grande diferença entre o Batismo de João e o de Jesus Cristo, pois João dava um batismo de penitência, Jesus traz uma vida nova, renovada com a vinda do Espírito Santo (Atos dos Apóstolos, 19,3-5). Uma vez recebido o Espírito Santo, Ele transformará sua vida com os dons e frutos que nEle é conferido.
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos, 16,16). Isso não quer dizer que, todos que não forem batizados estão condenados, aqueles que não praticam o Cristianismo por não conhecer a palavra de Deus ou por falta de oportunidade, mas praticam o bem serão salvos, e o apóstolo Paulo deixa isso bem claro, “Os pagãos, que não têm a Lei, fazendo naturalmente as coisas que são da Lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei” (Romanos, 2,14).
“Fomos, pois, sepultados com Ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova” (Romanos, 6,4). O Apóstolo Paulo diz que no batismo nós morremos para os nossos pecados, somos sepultados no nosso EU e renascemos para uma vida nova em Cristo.
Santo Agostinho afirmava "Tire o espírito e o que será a água senão água?", então, o que você está esperando para se filiar a Cristo? Não está na hora de deixar de ser criatura e passar a ser filho de Deus? Não fique pelas margens! Mergulhe você também nas águas batismais e renove sua vida em Cristo, não garanto que o batismo vá salvar sua vida, ou te proteger contra mal olhado, porém, ao aceitar Jesus através do batismo o Espirito Santo transformará sua vida, e, através dos seus dons e frutos te levará para águas mais profundas, que, renascendo em Cristo, não seremos mais quem éramos antes, pois, teremos a marca do Altíssimo.

Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Quem foi João Batista?


Quem foi João Batista, figura tão conhecida na cultura nordestina que tem até data no calendário de alguns estados como feriado?
João é conhecido como profeta messiânico, pois anunciava a vinda do messias, foi filho único do casal Zacarias (Sacerdote em Jerusalém) e Isabel (prima de Maria).
Os caminhos de João se encontram com o de Jesus quando ele ainda estava na barriga da sua mãe. Na ocasião em que Maria, mãe de Jesus, recebe do anjo a notícia que ficaria grávida também é informada da gravidez de sua prima Isabel, Lc 1,31-37. Então, Maria deixa tudo e vai ao encontro de sua prima, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, João começou a se mexer no ventre da sua mãe como se reconhecesse a presença divina do salvador, Lc 1,41.
O nome de uma Criança na cultura judaica dos tempos bíblicos era escolhido pela mãe e dado no dia da circuncisão, que deveria acontecer no 8º dia de nascimento. No caso de João, o nome é escolhido por seu pai, através da revelação do Anjo do Senhor, Lc 1,13. O nome João em Hebraico "Iohanan" significa agraciado por Deus ou graça de Deus. Já o nome Batista surgiu a partir da sua atividade de Batizar pessoas no Rio Jordão, daí ficou conhecido como João o Batista.
Os pais de João tinham uma idade avançada, devido a isto, pelos meios naturais não teriam como conceber uma criança, porém, sua família foi agraciada por Deus e através da ação do Espírito Santo Isabel pode ficar grávida de João. Quando o anjo do Senhor dá a notícia a Zacarias ele não acredita e duvida do poder de Deus, então anjo dá um castigo em Zacarias, onde ele ficou mudo, até que se cumprisse tudo que foi dito, Lc 1,18-20.
"O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel', Lc 1,80. Segundo o historiador do 1º Século Flávio Josefo existia uma comunidade Judaica chamada Essênios que viva no deserto, eles pregavam a vinda do messias e purificavam-se através da imersão em água para estarem prontos pra vinda do Salvador. Existe a possibilidade de João ter crescido nessa comunidade e a partir dela se preparar para sua missão, porém, não quer dizer que João o Batista tenha sido por toda vida essênio, na sua fase adulta ele deixa a comunidade para se tornar o profeta do Senhor.
Após o encontro de João o Batista com Jesus, ainda nos ventres das suas mães, não ocorreu mais encontros até a Jesus aparecer no Rio Jordão, desse modo João não conhecia Jesus fisicamente, mas sabia reconhecer a natureza divina de Cristo. "É este de quem eu disse: Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim. Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel”, Jo 1,30-31.
Jesus admirava João o Batista e por ele tinha uma grande consideração. "Em verdade vos digo: entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele". Mt 11,11. Quando Jesus soube da notícia da morte de João subiu numa barca e partiu dali para uma região deserta, Mt 14,3.
Naquela época João repreende o relacionamento de Herodes Antipas com a esposa do seu irmão Herodes Felipe, chamada de Herodíades, João lhe tinha dito: "Não te é permitido tomá-la por mulher!" Herodíades inconformada com a atitude de João planeja sua morte que é alcançada através de sua filha que fez uma dança no meio de muitos convidados e que agradou Herodes, Heródes promete dar a filha de Herodíades o que ela pedisse, e a mesma instigada pela mãe responde: "Dá-me aqui, neste prato, a cabeça de João Batista". O rei entristeceu-se, mas como havia jurado diante dos convidados, ordenou que lhe dessem; e mandou decapitar João na sua prisão, Mt 14,3-11.
Mas de onde veio a comemoração do dia de São João e a fogueira?
Na mitologia grega existia o deus Adônis, deus da natureza, cujo dia de comemoração era 24 de junho, tinha por objetivo a celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza. Essa ideia foi assimilada pelo cristianismo, que substituiu Adônis por São João Batista, na tradição cristã, João anunciou a “boa-nova” (boa notícia) da vinda do Cristo, filho de Deus, salvador da humanidade, que “renovaria todas as coisas”. E assim é comemorado todos os anos, a boa nova de João Batista.
Que o testemunho de João, através da espera no salvador, na purificação, na pregação da palavra de Deus, se torne âncora para que você conheça esse Jesus que pode mudar sua vida, se você ainda não o conhece abra seu coração e deixe ele agir, reconstruindo tudo aquilo que sozinhos não somos capazes, como São João disse "não somos dignos nem de desamarrar as correias de suas sandálias", porém, Jesus é capaz de desamarrar todos os nós e quebrar todos os obstáculos que te impedem de chegar à Deus.


Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

“OS POBRES SÃO O PESO E A MINHA DOR”

Não acabaríamos de enumerar a diversidade de pobres e as suas pobrezas que Vicente assumiu como algo próprio. Já sabemos que há muitos contrario à esmola. São os que não precisam e os que não querem compartilhar. Por isso justificam-se apelando a outra revolução. Mas o pobre que tem fome, que está enfermo, que vá ao cárcere sem ninguém que lhe ajude a pagar uma pequena divida, não pode esperar à sonhada revolução. Por isso Vicente que sabia as urgências dos pobres, não só buscou a educação e a promoção dos pobres, não só pôs-se em contra dos políticos que com as suas decisões fabricavam mais pobres e os deixavam sem nada, também foi um grande gastador de esmolas em favor deles.
Paris e outras cidades estavam cheias de pobres que pediam esmola, dementes, mulheres em venta, mutilados e bandas organizadas dispostas a fazer o que fosse para conseguir sobreviver. A sociedade boa (os de mais encima) lhes tinha medo. Sentiam-se na insegurança com tanto pobre. Os políticos escreveram centos de leis contra os mendigos e os seus protagonistas. Eram leis inúteis. Os exércitos franceses venceram a muitos inimigos internos e estrangeiros. Mas a sociedade não era capaz de acabar com a pobreza. Vicente e os seus, com instituições, escolas, asilos, Evangelho, esmolas e muita organização, recuperaram para a dignidade e a vida a centos de milhares de estes pobres, vítimas de uma má estrutura económica, do abuso das guerra, dos impostos exagerados, das más colheitas do campo e da instabilidade da moeda. E quando aos políticos pensaram em desenhar umas líneas que puseram remédio, isto consistia em encerrar aos pobres à força numa imensa instituição. Já sabemos quanto são capazes de pensar os políticos de mais encima! São Vicente opôs-se a este teatro de falso remédio. A esta actuação hipócrita. E opôs-se porque compreendia a dignidade dos pobres, a liberdade e o seu direito a não serem forçados a viver neste tipo cárcere. A derrota desta pobreza não se soluciona limpando os pobres da rua (para a tranquilidade dos ricos) mas acabando com as causas da pobreza.
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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Jesus abre a Páscoa com Entrada Triunfal em Jerusalém

Me recordo que quando era criança adorava ir no sítio da minha avó nos tempos de fazer farinha de mandioca. Ainda me lembro com detalhes todo o processo.
Nós pegávamos um jumento, colocávamos os caçuás nas cangalhas deste e enchíamos de mandioca, geralmente coincidia com tempos de chuva, então pra nós crianças a brincadeira já começava aí. No engenho onde a farinha era preparada as mulheres já esperavam a carga para descascar toda mandioca e dar início ao processo de preparo. Após a mandioca ser descascada era colocada na entrada de um motor de triturar onde saia do outro lado, toda em minúsculos pedaços.
Após a mandioca triturada os homens cuidavam em colocá-la dentro de sacos de farinha que posteriormente eram prensadas em um torno até sair todo líquido e a massa ficar seca. Esse líquido que sai da prensa dá origem a goma de mandioca. Já a massa seca ia para o forno para gerar a farinha.
Esse processo de fabricação da farinha de mandioca me fez lembrar o que Jesus passou antes do seu calvário. Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. Lá pediu a dois discípulos que fossem em determinada aldeia onde encontrariam um jumentinho atado, em que nunca montou pessoa alguma, como também os instruiu do que dizer as pessoas que questionassem sobre a retirada do animal, e assim os discípulos fizeram. Quando desprendiam o jumentinho, perguntaram-lhes seus donos: Por que fazeis isto? Eles responderam: O Senhor precisa dele. E então trouxeram a Jesus o jumentinho, sobre o qual deitaram seus mantos e fizeram Jesus montar; Lc 19,29-35.
E assim, Jesus seguiu destino no jumentinho à Jerusalém pelo Monte das oliveiras. Muitos dos seus discípulos acreditavam que seria nesse dia que Jesus se proclamaria Rei dos judeus, até seus apóstolos, entre eles Judas Iscariotes, a multidão que seguia Jesus estava em êxtase, todos gritando: “Hosana ao filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”. O Salmo 118 na sua versão original, em Hebraico traz a expressão Yhwh Hoshi’ah. “Yhwh” é o nome sagrado de Deus que posteriormente é traduzido em “Senhor”, e Hoshi’ah quer dizer Salva, desse modo, fazendo uma junção desses dois termos, no aramaico temos a pronúncia da palavra “Hosana”, que quer dizer “O Senhor Salva”, e em paralelo significa exatamente o nome “Jesus”.
No percurso de Jesus até Jerusalém, os que tinham condições estendiam os mantos pelo caminho, para o Senhor passar, já os mais pobres cortavam ramos de árvores e espalhava-os pela estrada, Mt 21,8-9. Jesus seguia no jumentinho se preparando para levar consigo para o Calvário todos os pecados deste mundo. Esse episódio ficou conhecido como Domingo de Ramos. Na tradição da igreja Católica se comemora ano pós ano essa entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e, os ramos que os fiéis levam para procissão do Domingo de Ramos são guardados para serem queimados e utilizados como cinzas na missa da quarta-feira de cinzas do ano seguinte.
Ao chegar na Porta Dourada alguns fariseus interpelaram a Jesus no meio da multidão: “Mestre, repreende os teus discípulos”. Ele respondeu: “Digo-vos: se estes se calarem, clamarão as pedras!”. E realmente, após a morte do Messias as pedras clamaram. Jesus então entrou no templo e de lá expulsou comerciantes que praticavam câmbio e vendiam animais para o sacrifício no templo. Depois saiu de Jerusalém para hospedar-se em Betânia. Judas, desapontado pelo fato do seu Mestre não ter tomado o “poder” naquele dia resolve entrega-lo na tentativa de forçar Jesus a se rebelar, declarar-se Rei dos Judeus e libertar o povo das mãos dos romanos.
Na quinta-feira, depois de ceiar com seus apóstolos, Jesus leva-os ao Monte das Oliveiras para orar, lá, naquele local, existiam engenhos que produziam óleo de azeite das olivas que eram coletadas daquele monte, e assim como a mandioca a oliva também era espremida e espremida até dar origem ao óleo que tem múltiplas utilizações, na culinária, como medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e impermeabilizante de tecidos. Cristo então se ajoelhou, e começou a orar: “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua”. Ele entrou numa agonia tão grande e orava com tanta força que seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra, Lc 22,42-44. A alma do cordeiro de Deus era espremida de tal forma que assim como as olivas liberavam seu óleo Jesus derramava seu sangue pela terra.
Voltando ao Domingo de Ramos, Jesus fez-se cumprir a profecia do profeta Ezequiel que o Messias prometido entraria pela Porta Oriental, acessando o Templo (Ez 43:1-5). O Profeta havia dito também que a Porta Oriental seria selada (fechada) no futuro, preservando-a para a gloriosa e triunfal entrada do Messias (Ez 44:1-2), e assim se fez, nos anos 70 d.C. o templo de Jerusalém foi derrubado pelos romanos e a porta selada, para nunca mais se abrir. Então, assim como Cristo entrou em Jerusalém, pela porta de ouro, ele também possa entrar em seu coração, selando assim a porta para nunca mais sair.


Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

terça-feira, 26 de março de 2019

Sim de Maria


As vezes olhamos para a situação atual de uma pessoa, as conquistas que ela realizou, e só percebemos as vitorias, não imaginamos os obstáculos que ela enfrentou pra chegar até ali...
Eu olho para essa imagem de Maria, na sua forma gloriosa e fico imaginando o quanto ela sofreu para chegar até aí...
Ser mãe tem um preço, e o de Maria foi muito alto!
Hoje a maternidade, fora do casamento, entre as jovens com média de 15 anos está cada vez mais comum. Em uma pesquisa foi constatado que a cada 100 meninas, 68 engravidam na adolescência, porém no tempo de Maria a situação era bem diferente, apesar dos costumes judaicos estabelecerem que à partir da primeira ovulação a jovem estaria apta ao casamento, ter um filho fora dessa união seria motivo de desenrola para a família e um ato contra as leis judaicas, podendo a jovem ser apedrejada em praça pública.
Para assumir a maternidade é preciso abrir mão de muitas coisas, vocês devem saber, ou ao menos imaginar, quantas coisas a mãe de vocês abrem mão para proporcionar a vida que vocês seguem, por mais simples que seja sua vida, sua mãe fez renúncias em prol de você, se esteve doente, ela com certeza, estava pronta para dar a vida por sua saúde.
Hoje, vocês deram um Sim. Sim a obra de Maria. Creio que nessa confirmação, vocês pensaram nas coisas que vão ter que abdicar para poder participar do grupo, como deixar de ir a um shopping no sábado, algum confronto com as atividades da escola ou trabalho. Na missão de Jesus é assim, sempre irão aparecer obstáculos, mas vocês já pensaram no preço que Maria teve de pagar pelo Sim que ela deu?
Quando o Anjo Gabriel apareceu a Maria para anunciar que ela seria a mãe do Salvador, mesmo ela sendo ainda jovem, ela sabia as consequências de sua ação.

  • Ela sabia que poderia ser Expulsa de casa.
  • Ela sabia que poderia ficar mal falada na cidade em que morava, Nazaré na Galileia (um vilarejo com 400 habitantes em média, onde todo mundo se conhece).
  •  Ela sabia que poderia perder o Marido.
  • Ela sabia que poderia ser apedrejada até a morte.
Mas o que ela respondeu? Eis a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Lc 1, 38. Meus irmãos, quantas vezes vocês deixaram Deus fazer sua vontade em tua vida? Vocês acham que foi fácil para Maria? Por que vocês acham que ela foi visitar Isabel?
Na Anunciação, quando o anjo apareceu para Maria, ele avisou que sua prima Isabel também ficaria grávida, desse modo, Isabel era a única que poderia entender o que estava acontecendo com Maria, pois, quem dos moradores daquela cidade iria acreditar que uma moça daria a Luz a um filho pela ação do Espirito Santo? E de fato não acreditaram, talvez, se o anjo tivesse aparecido para toda cidade, alguns acreditassem na versão de Maria. Mesmo Jesus com mais de 30 anos os judeus ainda falavam do suposto adultério de Maria, querem ver? Leiam João 8,41-42. "Retrucaram-lhe eles: Nós não somos filhos da fornicação; temos um só pai: Deus. Jesus replicou: Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou."
Maria estava prometida em casamento a José, como um noivado, só que nessa época, o noivado era um contrato que não poderia ser quebrado, para ser quebrado era preciso um distrato, um documento de repúdio.
José, quando viu a situação de Maria, à abandonou em silêncio, pois ele era o único que possuía o direito a acusa-la de adultério, então, para não ver Maria apedrejada ele preferiu ir embora, pois, se ninguém encontrasse seu paradeiro, como poderiam acusar sua? Porém, o anjo do Senhor apareceu para ele em sonho e assim ele voltou para Maria e realizaram o casamento. Mateus 1, 20-21.      
Mas, isso não foi o fim do sofrimento de Maria. Ser serva de Deus não é fácil, o mal tentará lhe desviar de sua missão o tempo todo, Anna Catarina Emmerich conta no seu livro, sobre Maria, que quando o anjo apareceu para Maria, ela estava no seu quarto rezando ajoelhada e depois se levantou, após a saída do anjo, apareceu uma cobra grande com a cabeça chata, então Maria pisou na cabeça da cobra e a cobra saiu em gritos enormes.
Talvez Maria tivesse tido medo, não sei, mas o seu medo, não deixou que ela desistisse de sua missão. Deus exigiu de Maria mais que um santuário para a concepção do seu filho amado, Maria foi alicerce para nascimento, vida e morte de Cristo. Se Jesus pode aguentar todo sofrimento do calvário é porque tinha uma mãe ao seu lado para lhe dar forças.
Quando estamos com medo, ou precisando de ajuda, quem primeiramente vem em nossa mente? A quem recorremos nosso primeiro pedido de socorro?
Chegou a hora de você também tomar Maria como mãe, de coloca-la como vossa protetora, e ama-la como ela merece. Não deixem, o medo fazer você desistir de sua missão, aceite Maria como mãe, e seja você também um filho amado da Santíssima Virgem.


Esse texto faz parte da Pregação sobre o Sim de Maria, realizada na Primeira reunião da JMV-SCJ no dia 23/03/2019.


Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

sábado, 2 de março de 2019

Jejuar pra quê?


Hoje em dia o Jejum, como forma de penitência, está se tornando uma prática cada vez mais atípica, muitos acreditam fazer parte de uma tradição da igreja católica ou apenas um rito judaico e não Cristão; outros acreditam que a penitencia é uma forma de masoquismo, que prejudica a saúde, e, desse modo, varre-se para debaixo do tapete o assunto, se eximindo de qualquer sacrifício em nome de Deus.
A palavra jejum significa "aflição de alma" ou "afligir a alma". É uma pratica espiritual que Deus colocou como meio de crescimento da nossa fé e devoção a ele. É uma atitude exterior que se reflete no nosso estado interior, dessa forma, a alma aflita busca a misericórdia divina, que se humilha perante a poderosa mão de Deus, para que Ele, nos dê graças, em tempo oportuno. “Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno”, I Pedro 5, 6.
No antigo testamento, Jejum é obrigatório para os judeus, uma vez no ano, no dia da expiação¹, conforme estabelece o livro de Levítico 16,29-30. Porém, era comum os judeus se absterem por vários dias de alimentos e até de água, temos como exemplos: Paulo – 3 dias (Atos 9,9); Moisés - 40 dias (Êxodo 34,28); Elias – 40 dias (I Reis 19,8); Cristo – 40 dias (Lucas 4,2). O jejum era realizado com oração, não isolado; uma vez que, a falta de alimento no corpo se reflete na alma, pois, na falta de alimento, a alma sente a dependência de Deus.
Ao realizar o Sermão da Montanha, Jesus não só aprova o Jejum como ensina a forma que devemos fazer, “Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”;  Mateus 6, 16-18.
            Vale destacar na passagem de Mateus 6, 16-18, que o jejum é algo voluntário, e que faz parte da sua intimidade com o Altíssimo, sendo assim não se necessário botar no status das redes sociais "Jejuando" e uma foto triste, rsrsrsrsrs. Quando você recebe a recompensa terrena através de aplausos humanos você afasta sua recompensa no céu. No sermão da montanha, Cristo elenca três coisas para se tornar uma pessoa piedosa: dar esmola, orar, e jejuar; desse modo, uma prática está vinculada a outra.
            Ao ser questionado pelo fato dos seus discípulos não jejuarem, Jesus responde que na sua presença não era necessário, porém, os discípulos haveriam de jejuar após sua morte, Mateus, 9, 14-15. E assim conforme os ensinamentos do seu mestre os discípulos realizaram prática do jejum; temos como exemplo Atos 13, 3 e Atos 14, 23.
Jesus esperava que seus discípulos fizessem na maneira certa, tanto que criou a parábola do Fariseu e do Publicado, Lucas 18, 9-14. Na parábola, a atitude hipócrita do Fariseu refletia na pratica do Jejum, que, por ele, era visto como algo meritório, uma vez feito, Deus tinha a obrigação de atender seus pedidos. Contudo, o jejum deve vim associado à mudança de vida, para não ser mais um ritual vazio.
A Igreja Católica tem como quarto mandamento: jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja. Mas, o que manda a Santa Mãe Igreja? Para respondermos essa pergunta devemos nos recorrer ao Código de Direito Canônico, ele aborda a lei divina da penitência  nos Cân. 1249-1253.
No Cân. 1250 há a indicação de quando se deve fazer jejum:
Cân. 1250 — Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma².
Cân. 1251 — Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB a) legislou em relação ao Cân. 1251 da seguinte forma:
Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis, nesse dia, abstenham-se de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade.
Vale destacar que a CNBB nos trás a faculdade de escolher entre Carne e outro Alimento, assim como, outra forma de penitência, indicando então a caridade ou exercício de piedade. Porém, não exclui a obrigatoriedade de jejuar na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão.
O Cân. 1252 estabelece que todos maiores de 18 anos e menores de sessenta anos são obrigados à jejuar.
Oração, jejum e caridade devem ser realizados por todos independente de obrigatoriedade ou não, conforme a norma Cân. 1249 — "Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum de penitência". O que agrada Deus não é a restrição, mas sim o resultado que ela nos proporciona, é preciso vincular essa restrição a uma forma de crescimento. Muitas vezes para alcançar determinados objetivos, como a aprovação em um concurso público, a realização profissional, o término de alguma graduação ou pós, acabamos fazendo determinados sacrifícios em nossas vidas, nos abstendo de determinadas coisas para um bem maior, então, que sua penitência possa refletir no seu modo de viver, não como os fariseus citados por Cristo, mas como aquele que purifica sua vida para alcançar a graça de ser recebido no reino de Deus.
Você que ainda não jejuou, que tal separar um tempo para Deus, jejuar e confessar os vossos pecados?
Que seu jejum seja como uma semente que plantamos em determinado jardim. Aos poucos ela vai brotando, criando raízes e crescendo, tomando proporções, para no fim dar frutos.
“Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo dá o seu fruto, e cujo a folhagem não murcha…” Salmo 1,3.


Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Quaresma, Nosso deserto com Cristo!

Estamos chegando na Quaresma, mas o que de fato significa?

   A igreja Católica define Quaresma como um tempo litúrgico que antecipa todo o período da Semana Santa, da Morte e da Ressurreição de Jesus, do mistério Pascal. Dessa forma, a Igreja nos separa um tempo para que possamos preparar o nosso coração, e viver verdadeiramente o tempo da Páscoa.
    A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é retratada os 40 dias do dilúvio, dos 40 anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos 40 dias de Moisés e Elias na montanha, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito e dos 40 dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, e é sobre este último que vamos concentrar nosso estudo e reflexão.
     O deserto é tido como um lugar especial para encontro com Deus e de preparação para iniciar uma jornada, devido o profundo silêncio que ele oferece. Desse modo, após ser batizado Jesus busca o deserto e lá passa 40 dias e noites jejuando e orando, o demônio então tenta atacar o messianismo de Jesus, o fazendo desistir de ser um messias sofredor, destinado a morrer. Procurando fazer dele um messias político que governa através de alianças políticas e de acordos com o inimigo.
     Satanás desafiou Jesus três vezes, vindo ele a vencer todas as tentações do inimigo. Na primeira tentação ele diz: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão, Lucas 4,3. SE ÉS FILHO DE DEUS? Jesus sabia que era filho de Deus, pois seu próprio pai havia lhe dito isto no Batismo, “Este é meu filho amado”, Mateus 3,17. Então sabiamente Jesus responde: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus, Lucas 4,4.
   O deserto é um lugar hostil, desacolhedor, sem qualquer atrativo natural, com uma paisagem monótona, que apresenta uma ou outra vegetação, e os moradores muitas vezes são escorpiões e víboras.
     Agora, Imaginem Jesus passando 40 dias no deserto... Suas vestes ficando cada dia mais sujas, seu rosto pálido, os cabelos emaranhados e a fome cada vez mais insuportável. Foi nessa situação que o Diabo aparece e desafia Jesus a transformar pedras em pães. Com certeza, o demônio fez de tudo para tornar esses 40 dias os mais insuportáveis possíveis.
    Satanás queria por dúvidas no coração de Jesus, como filho amado de Deus poderia estar sujo, cansado, com fome? E se pararmos para refletir, é com essa lógica que ele tenta manipular cada um, ele procura teus problemas e com eles confunde teus pensamentos, fazendo-te supor que como filho de Deus não poderias estar sofrendo. Satanás nos leva a pensar: como alguém pode ter uma vida boa e eu não? Será que Deus ama mais o outro do que eu? Assim como Jesus não aceitou as insinuações feitas por Satanás, nós também não podemos aceitar, e sim acreditar nas Palavras ditas por Deus em Mateus 3,17; este é meu filho amado!
    Quando pregamos sobre encontrar Jesus no deserto, recordamos a história de Santo Antão. Quando jovem, ele buscava o sentido da vida, ele tinha sede de algo mais, de perfeição. Foi então, que, ao participar de uma missa, o padre leu um trecho do evangelho que o tocou profundamente. O trecho era Mateus 19,21, quando Jesus diz ao jovem rico: Se queres ser perfeito, vai vende seus bens dê aos pobres e terás um tesouro nos Céus, depois vem e segue-me. Antão sentiu que este chamado era para si. Seu coração palpitou ao sentir que Jesus o chamava para a perfeição. Então, ele vendeu todos os seus bens e foi morar numa caverna no deserto, vivendo uma vida de oração e sacrifícios.
     Santo Antão atraia discípulos que queriam viver como ele vivia. Estes passavam a morar perto dele em cavernas ou em cabanas. Foi o primeiro indício de comunidade monástica cristã. Isto era mais do que o inimigo podia suportar, pois em verdade temia que agora fosse encher também o deserto com a vida ascética.
    Instigado pela raiva e fúria que tinha do Santo, o demônio tratou de fazê-lo desertar da vida ascética, em resumo, despertou em sua mente toda uma nuvem de argumentos, procurando fazê-lo abandonar seu firme propósito. O inimigo viu, no entanto, que era impotente em face da determinação de Antão, e que antes era ele que estava sendo vencido pela firmeza do homem, derrotado por sua sólida fé e sua constante oração. Atreveu-se então o perverso demônio a disfarçar-se de mulher e fazer-se passar por ela em todas as formas possíveis durante a noite, só para enganar a Antão. Mas ele encheu seus pensamentos de Cristo, refletiu sobre a nobreza da alma criada por Ele, e sua espiritualidade, e assim apagou o carvão ardente da tentação.
    Vendo que suas tentações não surgiram efeitos no Santo, numa determinada noite, chegou um grande número de demônios e o açoitou tão implacavelmente que ficou lançado no chão, sem conseguir ao menos falar, de tão insuportável que era a dor. Afirmava que a dor era tão forte que os golpes não podiam ter sido efetuados por homem algum para causar semelhante tormento. Porém mesmo com tantas provações o Santo continuava firme e forma na sua missão, e como ele dizia “a fé em Nosso Senhor é selo para nós e muro de salvação”.
    Então, que nesses 40 dias que irão antecipar a Páscoa de Cristo possamos também entrar num deserto, deserto este que nos leve a refletir nossa relação com Deus e o amor desposado por Jesus a nós na Cruz. Tentações irão surgir para nos afastar do caminho da missão, porém, tenha fé, você também é um filho amado de Deus.

Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

"O serviço dos pobres acima de tudo" - Carta raríssima de São Vicente de Paulo

Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter. Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre. De fato, em seu sofrimento, embora quase perdesse a aparência humana - loucura para os gentios, escândalo para os judeus - apresentou-se, no entanto, como evangelizador dos pobres: Enviou-me para evangelizar os pobres (Lc 4,18). Devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar aquilo que ele fez: ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor. 


Com efeito, Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres. Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstraram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isso esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus. Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo: Fiz-me tudo para todos (1Cor 9,22). POr este motivo, se é nossa intenção termos o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos.

Deve-se preferir o serviço dos pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora. Se na hora da oração for necessário dar remédios ou auxílio a algum pobre, ide tranquilos, oferecendo esta ação a Deus como se estivésseis em oração. Não vos pertubeis com angústia ou medo de estar pecando por causa do abandono da oração em favor do serviço aos pobres. Deus não é desprezado, se por causa de Deus dele nos afastarmos, quer dizer, interrompermos a obra de Deus para realizá-la de outro modo.

Portanto, ao abandonardes a oração, a fim de socorrer a algum pobre, isto  mesmo vos lembrará que o serviço é prestado a Deus. Pois a caridade é maior do que quaisquer regras que, além do mais, devem todas tender a ela. E como a caridade é uam grande dama, faz-se necessário cumprir o que ordena. Por conseguinte, prestemos com renovado ardor nosso serviço aos pobres; de modo particular aos abandonados, indo mesmo à procura, pois nos foram dados como senhores e protetores. 

-- Dos Escritos de São Vicente de Paulo

Vincente de Paulo, Carta 0041: A Luisa de Marillac

[Fevereiro de 1630]
Senhorita:

A graça de nosso Senhor está sempre conosco.

Eu louvo a Deus mil vezes e o abençoo de todo o coração, porque ele restaurou minha saúde, e peço a ele para preservá-lo e fazê-lo retornar saudável. Volte, então, perca, no final da semana ou até mais cedo, se houver ocasião, mas não pelo rio, mas em um carro bem fechado. Miss du Fay me disse que não conseguira encontrar um carro. Eu te enviei sua carta; mas eu não falei com o seu filho por algum motivo que eu contarei a ele.

Meu Deus, senhorita! Quão bom é ser filho de Deus, porque Ele ama ainda mais ternamente aqueles que têm a felicidade de ser, do que você deseja, mesmo que tenha mais ternura com ele do que qualquer outra mãe com seus filhos! Bom! Nós vamos falar sobre isso quando ele voltar. Entretanto, confie plenamente que aquele a quem Nosso Senhor deu tanta caridade aos filhos dos outros, merecerá que Nosso Senhor também tenha uma caridade especial para com os seus; viva, por favor, descansando nesta confiança, e mesmo na alegria de um coração, que deseja estar em conformidade com o de Nosso Senhor.

Nossa pequena companhia está em Chelles, e eu ainda não saio daqui. Há um pai jesuíta que faz maravilhas na sua paróquia. A senhorita de Villars cumprimenta-o e eu recomendo-me às vossas orações e, no amor de Nosso Senhor, o vosso humilde servo,

VICENTE DEPAUL

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

FRANCISCA DE BASCHET E CARLOTA DE BRIE

Já conhecemos os seus nomes. Os encontramos antes de falar de Chatilhão. Foram eleitos como presidenta e como administradora das primeiras caridades. Vicente de Paulo teve um especial interesse em que as mulheres participaram com todas as suas qualidades no trabalho da Igreja. Sem o seus dons a Igreja ficaria mutilada. E as colocou no caminho mais seguro, que era também o seu, pelo caminho do serviço aos pobres. Assim fê-lo, por exemplo, com Margarida de Gondi, Luísa de Marillac, a Sra. De Goussault, a Rainha de Polónia Maria de Gonzaga, a Duquesa de Aiguillon, a Sra. Du Fay, as Filhas da Caridade e milhares mais de outras mulheres, entregadas e admiráveis. E elas lhe responderam ao Sr. Vicente “com ardor e com firmeza”.
Quem era Francisca de Bachet Carlota de Brie? Eram duas jovens Senhoras, elegantes, atractivas, extrovertidas, gostavam dos enfeites mais caros, dos bailes e de exibir a sua beleza. Viviam pendentes de si mesmas, com fome de boa imagem, inseguras e necessitadas da admiração dos outros para se sentir vivas. Jamais tinha sido convidadas a trabalhar na vinha do Senhor. Mas agora está em Chatilhão o Sr. Vicente e se encontram com o seu amor contagioso. Têm visto como vive, como trabalha, como ama igualmente a calvinistas que a católicos. Têm visto como se entrega sem reservas e como os pobres são os seus predilectos. E convidadas por ele, entram a trabalhar na vinha do Senhor. E apreendem dia após dia a cuidar os enfermos, a servir-lhes a comida, a limpar as suas habitações, e consolar-lhos com feitos e palavras de Jesus Cristo. Foram as animadoras de aquela associação de Caridade que tantos bens partilharia. E os pobres, Deus pelo seu meio, as curaram das suas antigas inseguranças, dependências e vãos anseios de boa imagem. Começaram a serem elas mesmas, mulheres novas. Talvez outras, no lugar do Sr. Vicente, as teriam julgado e não teria precisados de elas. Mas ele as convidou a trabalhar na vinha. São tantos os pobres, tantas as suas necessidades, que ninguém está excluído desta divina tarefa de se por ao seu serviço. Todos estamos convidados!.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O Santuário de Deus e a vinda de Cristo


      A história do Santuário construído a pedido de Deus, conforme Êxodo 25, 8-9, tem sido esquecido por muitos, mas qual a relação do Santuário com a vinda de Jesus?

     Deus sempre desejou um relacionamento íntimo com o seu povo. Desde o Jardim do Éden, onde Adão e Eva manteve contato direto com Deus, até o momento que o pecado tomou conta das suas vidas. Afastados do laço direto com o Altíssimo, Deus precisava de algo que fosse ponte entre o divino e seu povo. Desse modo, Deus ordena que Moisés construa um Santuário e lá Ele Habitará; Êxodo 25, 8.
   Foi então construído o Santuário onde eram oferecidos os sacrifícios, orientados por Deus. Conforme prometido, lá Ele se fazia presente. O tabernáculo que do Latim significa Tenda, Cabana ou Barraca, era um Santuário "portátil" e nele era transportada a Arca da Aliança, assim Deus acompanharia o povo do Monte Sinai até a terra prometida.
     Mas, qual a relação com Jesus?
     A vida religiosa do povo de Israel girava em torno do Santuário, e neste Santuário o cordeiro era, geralmente, o animal oferecido como sacrifícios a Deus. Então, faz todo sentido, a declaração feita por João Batista ao ver Jesus passando: Eis o Cordeiro de Deus aquele que tira o pecado do mundo, João 1, 29. Desse modo, seria Jesus o maior de todos os sacrifícios.
     Quando Jesus veio ao mundo o Santuário de encontro com Deus se fez carne. "E o verbo se fez carne, e habitou entre nós" João 1, 14. A palavra habitou vem do grego (Skenoo) que significa Armou seu Tabernáculo. Desse modo, o Jesus era o mesmo que no passado se fez presente no Tabernáculo construído a pedido de Deus, a diferença é que, agora, o Tabernáculo era o próprio corpo humano de Jesus, que foi entregue as mãos dos pecadores, pelo amor de todos nós.
     Algo interessante, é que, no Santuário havia um local, conhecido como Santo dos Santos (kadosh), onde lá só poderia entrar os Sumo sacerdotes, uma vez por ano, no dia da expiação, lá era o local mais sagrado do Tabernáculo, onde se encontrava o Trono de Deus, nos Santos dos Santos o homem (sumo sacerdote) poderia chegar à presença de Deus.
     No templo de Jerusalém, construído após o retorno dos Judeus do cativeiro da Babilônia, ocorreu que, quando Jesus morreu na Cruz, o véu que separava o Santo dos Santos das demais pessoas foi rasgado de cima a baixo, conforme relata Mateus 27, 51 (E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas).
   Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança para entrar no Santo dos Santos mediante o Sangue de Jesus, Hebreus 10, 19.
     Jesus diz: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim, João 14, 6.

Então, o que falta para você fazer seu encontro pessoal com aquele que pode te levar a salvação?


Autor: Lenos Santiago - Jovem Mariano Vicentino.
Campina Grande-PB.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

(Vídeo) VIII Encontrão da JMV Regional Natal

Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, a Juventude Mariana Vicentina Regional Natal, realizou o seu VIII Encontrão, sediado na cidade de Pau dos Ferros, o evento contou com a presença dos grupos das cidades de Natal, Caicó, Pau dos Ferros, Rafael Fernandes, Monte Alegre, Carnaúba, Tubibal e Campina Grande. Na ocasião o grupo de pagode Mistura Divina, que conta com integrantes pertencentes a província de Fortaleza também se fizeram presentes e fizeram a animação da galera na noite de sábado. Catarina representante do Nacional no evento, deixou a sua mensagem e fez o convite para a missão que acontecerá na Amazônia que em breve teremos mais notícias. 


Do Blog os nossos mais sinceros parabéns a JMV Pau dos Ferros por todo o esforço para a realização do evento. FOI LINDO!

"Amar ao Próximo Além da Distância!"

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

MÊS VOCACIONAL

Viver a vocação é consagrar a nossa vida a um ideal

Quando refletimos sobre a vocação, chegamos à conclusão de que o Senhor nos criou para um objetivo específico

Agosto é considerado o Mês Vocacional, dedicado à reflexão sobre as vocações em geral. Neste mês, costuma-se celebrar as diferentes vocações por semana:
A imagem pode conter: 7 pessoas, incluindo Irma Raquel Trajano, pessoas sorrindo, pessoas em pé
IMAGEM RETIRA DA REDE SOCIAL DA IRMÃ FILHA DA CARIDADE RAQUEL TRAJANO.

Primeiro domingo: vocação sacerdotal;
Segundo domingo: vocação familiar, dos pais;
Terceiro domingo: vocação à vida consagrada dos religiosos e das religiosas;
Quarto domingo: vocação do laicato na Igreja, ministérios leigos e catequistas.
Deus quis precisar de nós. Como em Jeremias 1,5: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes do teu nascimento, eu já te havia consagrado”. Deus espera de nós uma resposta a Seu chamado. É esta a vocação de cada um.

Agosto, mês de reflexão sobre as vocações

No mês dedicado por excelência à reflexão sobre o serviço na Igreja, tomamos consciência de que o Reino de Deus se faz pela providência infinita do Pai, mas também com a participação de cada um de nós.
Quando refletimos sobre a vocação, chegamos à conclusão de que o Senhor nos