O Sábado é, para todo Povo de Israel, a grande memória de Deus, Criador e Libertador.
O Sábado recorda, por um lado, o sétimo dia da Criação; diz-se que nesse dia Deus "parou para respirar" (Ex 31, 17), autorizando de certas formas todas as pessoas a interromperem o trabalho e tomarem novo fôlego; até os escravos deviam poder guardar o Sábado. Isso remete para a outra grande recordação, a libertação de Israel da escravidão no Egito: "Lembra-te de que foste escravo no Egito!" (Dt 5, 15) O sábado é, portanto, a festa da liberdade humana; no Sábado pode-se tomar-se alento, nele é superada a divisão mundana entre senhores e servos.
No Judaísmo tradicional, este dia de liberdade e descanso vale como uma espécie de antegozo do mundo vindouro.
Jesus respeitou o preceito do Sábado, mas ao mesmo tempo posicionou-se em relação a ele de uma forma altamente livre e soberana: "O Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado." (Mc 2, 27)
O fato de Jesus ter curado ao Sábado e ter interpretado o Mandamento do Sábado de uma forma misericordiosa colocou os judeus, Seus contemporâneos, perante duas hipóteses: ou Jesus é o Messias enviado por Deus e, portanto, o "Senhor do Sábado" (Mc 2, 28) - ou Ele é apenas um homem simples, cujo trato com o sábado constitui um pecado contra a lei.[ 362, 363]
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